Advogado de Debora solta o verbo: “Condenação de 14 anos é completo absurdo”

LIGA DAS NOTÍCIAS

No centro de uma das discussões mais polêmicas do cenário jurídico brasileiro atual, a condenação da cabeleireira Debora dos Santos vem provocando reações intensas entre juristas, ativistas e a população. Sentenciada a 14 anos de prisão por ter pichado com batom uma estátua, Debora tornou-se símbolo de um alegado desequilíbrio na aplicação das leis no Brasil, especialmente quando comparada a outros casos envolvendo crimes de maior gravidade, cujos réus permanecem em liberdade. Em uma entrevista exclusiva ao podcast "A Verdade", do Jornal da Cidade Online, o advogado Helio Junior, responsável por sua defesa, denunciou o que considera uma punição desproporcional e um atentado contra o princípio da razoabilidade judicial.


Segundo o advogado, Debora está atualmente em prisão domiciliar, só podendo sair de casa com autorização expressa do ministro Alexandre de Moraes, relator de processos ligados aos atos de 8 de janeiro de 2023. De acordo com Helio, a prioridade da defesa neste momento é garantir que Debora permaneça em regime domiciliar, permitindo que fique próxima de seus filhos e do núcleo familiar, já que a cabeleireira passou dois anos em regime fechado na penitenciária de Tremembé, em São Paulo, considerada uma das mais rigorosas do país. Helio descreve o período como extremamente traumático, tanto física quanto psicologicamente, e afirma que a cliente está profundamente abalada pela nova sentença.


A repercussão da condenação tem inflamado os debates sobre a seletividade do sistema judiciário brasileiro. Para muitos, a punição imposta a Debora representa uma face dura de um Estado que, ao mesmo tempo em que aplica rigor extremo a certos réus, parece ser brando com outros que cometeram crimes mais evidentes e de maior impacto social. O caso de Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro condenado por corrupção, mas atualmente em liberdade, tem sido amplamente citado como exemplo de tal disparidade. Enquanto ele grava vídeos descontraídos em sua residência, Debora amarga uma sentença comparável à de criminosos violentos.


Durante o podcast, Helio Junior classificou a condenação como um "completo absurdo", reiterando que a pena não guarda proporcionalidade com o ato cometido. Ele destacou que Debora não depredou patrimônio público de forma violenta nem participou de conspirações armadas, sendo, segundo ele, alvo de uma perseguição política e judicial. Para o advogado, há uma clara intenção de usar seu caso como exemplar, numa tentativa de desestimular manifestações de contestação política. “Ela virou bode expiatório de um sistema que precisa demonstrar força e controle”, afirmou.


O episódio reacende as críticas ao Supremo Tribunal Federal e especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, que tem sido figura central nos julgamentos relacionados aos protestos e invasões ocorridos no início de 2023. A atuação do magistrado é considerada por alguns como linha-dura, mas por outros como autoritária e seletiva. Em resposta, grupos organizados de apoio a Debora têm se mobilizado nas redes sociais, promovendo campanhas em defesa de sua liberdade e denunciando o que consideram um estado de exceção velado.


Embora o processo ainda possa ser contestado em instâncias superiores, o caso de Debora tem levantado questões mais amplas sobre o papel da Justiça, os limites da repressão estatal e os critérios de proporcionalidade penal. Para analistas jurídicos, a pena pode vir a ser revista, especialmente se ganhar notoriedade internacional ou for levada a cortes superiores que analisem os aspectos constitucionais da condenação. No entanto, isso não elimina os danos já causados à imagem e à vida da ré, que além do sofrimento pessoal, enfrenta estigmatização e dificuldades para sustentar seus filhos.


O Jornal da Cidade Online reforçou, ao divulgar o podcast com o advogado de Debora, seu compromisso em apresentar conteúdos considerados “proibidos” ou silenciados por outros veículos de comunicação. Em sua campanha de assinatura, a plataforma apela ao público conservador, prometendo acesso a informações exclusivas e análises alternativas às oferecidas pela grande mídia.


Enquanto isso, Debora permanece reclusa em sua casa, aguardando os próximos passos de sua defesa e contando com o apoio de parte da sociedade civil que questiona o rumo das decisões judiciais no país. O debate está lançado, e a expectativa agora se volta para a possibilidade de revisão da pena ou, ao menos, para a construção de um diálogo mais equilibrado entre legalidade e justiça no Brasil contemporâneo.

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