Nova pesquisa mostra que aprovação do Governo Lula despenca e acende alerta de crise semelhante à de Dilma

LIGA DAS NOTÍCIAS

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está enfrentando uma forte queda em sua popularidade, que preocupa aliados e reacende comparações com a crise política que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas revelou um cenário alarmante no Paraná, onde a avaliação positiva do governo Lula caiu para apenas 19,6%. No restante do Brasil, a tendência também é negativa, com a desaprovação alcançando patamares elevados. No último mês de fevereiro, o Datafolha registrou uma queda significativa na aprovação nacional, passando de 35% para 24%, o que representa uma redução de 11 pontos percentuais em apenas dois meses. Em contrapartida, a percepção de que o governo é "ruim" ou "péssimo" subiu para 41%.


Essa queda na aprovação do governo ocorre em um contexto de alta inflação e aumento do custo de vida, que impactam diretamente o poder de compra dos brasileiros. O índice de inflação anual atingiu 4,96% em fevereiro, o maior registrado desde o final de 2023. A disparada nos preços de bens essenciais, como alimentos e combustíveis, tem sido uma das principais razões apontadas pelos analistas para o desgaste de Lula. O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, afirmou que a pressão sobre o governo é severa e que a diminuição do poder de compra tem sido o principal fator para o aumento da rejeição popular. A pesquisa da CNT também apontou que 55% da população desaprova a gestão de Lula.


A comparação com o governo Dilma Rousseff ganha força à medida que os números de aprovação de Lula se aproximam dos níveis de Dilma no auge da crise que levou ao seu impeachment. Em 2016, a presidente Dilma viu sua popularidade despencar para 8%, um reflexo da recessão econômica, dos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e das manifestações de rua contra seu governo. Agora, Lula parece caminhar em direção a um cenário semelhante, mas ainda com uma aprovação um pouco superior à de Dilma em seu pior momento. Contudo, a rapidez com que os índices de aprovação de Lula estão caindo tem gerado preocupação entre seus aliados. A situação é ainda mais dramática no Paraná, um estado onde a base de apoio ao PT sempre foi mais restrita. O instituto Paraná Pesquisas indicou que apenas 19,6% da população paranaense aprova a gestão de Lula, um reflexo do desgaste político do governo no estado, tradicionalmente governado por políticos de direita.


Embora a popularidade de Lula ainda seja superior à de Dilma em termos absolutos, a velocidade da queda tem preocupado membros do governo. Aliados próximos ao presidente têm alertado para a necessidade de uma resposta rápida para evitar que a situação se agrave ainda mais. Um dos principais pontos de debate entre os estrategistas do PT é a necessidade de reverter a crise econômica, que é vista como a maior ameaça à estabilidade do governo. Para muitos, sem uma melhora na economia, a perda de confiança popular será inevitável. Estratégias para tentar reverter o cenário incluem a adoção de medidas econômicas mais agressivas, que possam sinalizar à população que o governo está comprometido em combater a inflação e melhorar as condições de vida dos brasileiros.


A comparação entre os governos de Lula e Dilma, no entanto, esbarra em uma diferença importante: o atual governo do petista não enfrenta um quadro de recessão econômica tão grave quanto o de sua antecessora. Ainda assim, os desafios econômicos e a pressão sobre a gestão são grandes. A alta nos juros, a escalada de preços e o desgaste político com o Congresso e a opinião pública estão colocando a presidência de Lula em uma posição difícil, que precisa de respostas rápidas para evitar que o quadro se agrave ainda mais.


No entanto, a oposição ao governo também tem se fortalecido nos últimos meses, com partidos e movimentos políticos organizando manifestações e colocando a crise econômica como o centro do debate. Líderes da direita, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, já se posicionaram de forma crítica ao governo de Lula, com alguns analistas apontando que, em um cenário de insatisfação popular crescente, Bolsonaro poderia ser uma alternativa para uma eventual disputa presidencial em 2026.


Para Lula, a principal preocupação neste momento é não permitir que sua terceira gestão siga o mesmo caminho da sua sucessora. A pressão é grande, e as próximas decisões econômicas serão cruciais para determinar se o presidente conseguirá reverter a atual queda de popularidade. Se não conseguir retomar o controle da situação, o governo Lula poderá enfrentar uma crise institucional de grandes proporções, com consequências imprevisíveis para o futuro político do Brasil.

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