De acordo com Figueiredo, o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio ordenou a retirada do principal diplomata americano da Colômbia, o chamado Chargé d’Affaires, em reação a declarações feitas pelo governo do presidente colombiano Gustavo Petro. O gesto foi acompanhado do cancelamento do visto de um alto funcionário colombiano, cujo nome não foi revelado. Essas medidas foram interpretadas como um sinal claro de que os Estados Unidos não pretendem mais manter diálogo com governos que adotam posturas ideológicas radicais ou que desafiem diretamente a liderança e os princípios da maior democracia do Ocidente.
Ainda segundo o jornalista, no início da semana, os Estados Unidos também anunciaram duras sanções financeiras e restrições de viagem contra Cuba, em uma ação que não era vista há anos. As medidas visam atingir diretamente a cúpula do regime comunista cubano, que há décadas é acusado de violações sistemáticas dos direitos humanos e repressão à oposição. Para Figueiredo, esse novo movimento da diplomacia americana representa uma guinada que pode ter implicações diretas para o Brasil, sobretudo diante da postura recente do governo Lula e das ações do Supremo Tribunal Federal, especialmente do ministro Alexandre de Moraes.
Ao destacar essas movimentações internacionais, Figueiredo sugeriu que sanções direcionadas a figuras do Judiciário brasileiro, como Moraes, não estão descartadas e podem ser o ponto de partida para uma resposta firme aos abusos e perseguições que, segundo ele, vêm sendo praticadas no Brasil. A narrativa construída pelo jornalista aponta para um cerco iminente ao sistema que, de acordo com seus críticos, atua fora dos limites constitucionais, interferindo no equilíbrio entre os poderes e reprimindo adversários políticos.
A preocupação expressa por Figueiredo ganha ainda mais peso diante das suspeitas sobre possíveis restrições às liberdades do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados. A percepção de que há um plano em curso para calar opositores e reescrever a história recente do Brasil tem ganhado força entre setores conservadores, que veem nas ações do STF uma tentativa de apagar os acontecimentos de 2022 e consolidar uma narrativa conveniente aos interesses do atual governo.
Nesse contexto, o jornalista destacou a importância do livro “O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime”, que se tornou um best seller no Brasil e, segundo ele, documenta com riqueza de detalhes os bastidores dos fatos que culminaram na crise institucional vivida pelo país. A obra é apontada por seus defensores como uma resposta à tentativa de silenciamento da verdade e um instrumento de resistência contra a opressão institucional.
A leitura de Figueiredo sobre o cenário internacional sugere que o Brasil poderá, em breve, ser incluído na lista de países que enfrentam consequências por desafiar os Estados Unidos. Para ele, a retirada do diplomata da Colômbia, as sanções a Cuba e o endurecimento do discurso americano são sinais de que a era do apaziguamento chegou ao fim. Caso o governo Lula continue a alinhar-se a regimes de esquerda autoritária e mantenha o atual rumo de confronto com os valores democráticos, o país poderá enfrentar isolamento, sanções e graves danos à sua imagem internacional.
A mensagem final do jornalista é clara: os Estados Unidos não tolerarão mais governos que flertam com o autoritarismo e que perseguem seus cidadãos em nome de narrativas ideológicas. Se a atual condução política e institucional do Brasil continuar ignorando os princípios da liberdade, da separação dos poderes e do respeito aos direitos fundamentais, poderá em breve enfrentar consequências concretas. Para muitos que acompanham de perto os desdobramentos da política brasileira, o aviso de Figueiredo soa como um alerta que não pode mais ser ignorado.