Apesar de não haver previsão de alta, o ex-presidente já iniciou sessões de fisioterapia motora e respiratória, incluindo caminhadas fora do leito, como parte da recuperação. De acordo com a equipe médica, ele permanece com visitas restritas apenas aos familiares mais próximos, seguindo recomendações de isolamento para evitar riscos à sua saúde neste momento sensível. O hospital reforçou que ainda não há prazo definido para a saída da UTI, mas que o quadro clínico evolui de forma positiva.
O episódio que levou à internação teve início na última sexta-feira, 11 de abril, quando Bolsonaro estava em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, cumprindo compromissos políticos. Durante a estadia no estado, ele começou a sentir fortes dores abdominais. Segundo relato do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que o acompanhava na ocasião, Bolsonaro passou a noite em claro devido ao incômodo. Por volta das cinco horas da manhã, o ex-presidente solicitou atendimento médico, momento em que se decidiu por sua internação emergencial.
No sábado à tarde, ele foi transferido para Brasília, por decisão conjunta com seus familiares, onde foi internado no hospital DF Star. No domingo, foi submetido à cirurgia de emergência para tratar uma obstrução intestinal. Nas redes sociais, o próprio Bolsonaro comentou sobre seu estado de saúde, afirmando que as dores recentes são reflexos da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo ele, este teria sido o quadro mais grave desde aquele episódio, conforme avaliação do médico que o acompanhou no Rio Grande do Norte.
Na última terça-feira, 15 de abril, o hospital divulgou imagens do ex-presidente caminhando pelos corredores da unidade de saúde, sinalizando melhora em seu quadro. Apesar disso, os profissionais responsáveis por sua recuperação preferem manter cautela e evitar qualquer previsão sobre o tempo de internação, reforçando a necessidade de cuidado contínuo e monitoramento rigoroso nas próximas semanas.
A cirurgia pela qual Bolsonaro passou é considerada de alto risco, especialmente em pacientes com histórico de múltiplos procedimentos na região abdominal, como é o caso dele. Desde o atentado em 2018, ele já passou por diversas intervenções cirúrgicas, sendo esta a mais recente de uma longa série de procedimentos relacionados às complicações da facada.
A situação de saúde do ex-presidente mobilizou tanto seus apoiadores quanto adversários políticos, gerando manifestações de solidariedade nas redes sociais. Políticos aliados têm expressado apoio e orações pela recuperação de Bolsonaro, enquanto outros setores da sociedade acompanham o caso com interesse e cautela, atentos às implicações que possíveis complicações poderiam trazer ao cenário político nacional.
Enquanto permanece hospitalizado, Bolsonaro mantém-se afastado de atividades públicas e não há informações oficiais sobre quando poderá retomar seus compromissos políticos. A situação ainda é considerada delicada, embora os sinais de melhora tragam alívio à equipe médica e aos seus apoiadores mais próximos.
O boletim médico reforça que o tratamento segue conforme o esperado, mas qualquer alteração no quadro será comunicada prontamente. A família do ex-presidente não tem feito aparições públicas desde o início da internação, optando por preservar a privacidade e focar no acompanhamento direto do tratamento. A expectativa agora gira em torno da evolução clínica nos próximos dias, que será decisiva para determinar os próximos passos do processo de recuperação.
Neste momento, a recomendação é de cautela, repouso absoluto e atenção às orientações médicas. A equipe que acompanha o ex-presidente destaca o comprometimento com sua plena recuperação e reforça a importância de evitar especulações sobre seu estado de saúde, uma vez que o quadro segue estável, mas inspira cuidados contínuos.