No entanto, o sucesso dessa ação do Frei Gilson não foi bem recebido por todos. Influenciadores de esquerda começaram a atacá-lo nas redes sociais, acusando-o de ser fascista, oportunista e negacionista. Os ataques se intensificaram após a descoberta de que o Frei tem posicionamentos políticos conservadores e é amigo do padre José Eduardo de Oliveira, atualmente investigado pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado. Esse vínculo, sem comprovação de envolvimento em ações ilícitas, foi usado por alguns para associar o Frei Gilson ao plano de golpe, o que gerou uma onda de críticas.
Em suas redes sociais, o Frei Gilson tem sido chamado de "fascista", "negacionista", "oportunista", entre outras ofensas. Muitos o acusam de usar a religião como ferramenta para promover uma agenda política conservadora. Algumas postagens chegaram a questionar a sua postura dentro da Igreja Católica, sugerindo que o Frei estaria colaborando com uma tentativa de tomar a Igreja Católica para fins políticos ligados ao bolsonarismo. Isso levou a uma polarização ainda maior, com apoiadores do religioso defendendo sua atuação e os críticos, principalmente de orientações políticas mais à esquerda, intensificando os ataques.
Esses ataques, que se espalharam pelas redes sociais, refletem a crescente tensão política no Brasil, onde a religião e as convicções ideológicas estão cada vez mais entrelaçadas. A postura conservadora de Frei Gilson e sua proximidade com figuras públicas de orientação política semelhante parece ser uma das principais razões por trás da animosidade crescente. Influenciadores de esquerda questionam o uso da fé como forma de manipulação política, apontando que a Igreja pode estar sendo usada como uma ferramenta para uma agenda mais ampla de conservadorismo.
Embora esses ataques tenham causado certa divisão, também surgiram manifestações de apoio. Figuras públicas como Nikolas Ferreira e Zoe Martins, aliados políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, saíram em defesa de Frei Gilson, criticando a reação agressiva dos opositores e defendendo a liberdade religiosa e a liberdade de expressão. A situação gerou debates sobre os limites entre a fé e a política, com alguns defendendo que a Igreja deve se distanciar de qualquer envolvimento político, enquanto outros argumentam que a fé e a política estão intrinsecamente ligadas.
Frei Gilson, por sua vez, tem se mantido firme em sua missão espiritual e, em sua live, destacou que a campanha de Quaresma não tem como objetivo promover ideologias, mas sim levar conforto e paz aos corações daqueles que buscam um refúgio espiritual. Para ele, a oração nesse horário tem um caráter de acolhimento, permitindo que aqueles que se sentem solitários ou angustiados encontrem um momento de conexão com Deus e com a própria fé.
Entretanto, as críticas continuam a crescer, e o tema está gerando discussões intensas sobre a relação entre religião e política no Brasil. Algumas correntes políticas questionam se o apoio de líderes religiosos ao governo anterior está criando um ambiente propício à utilização da fé como um meio para alcançar objetivos políticos, o que resultaria em uma distorção dos valores cristãos. Por outro lado, defensores de Frei Gilson e de outras figuras religiosas com posturas conservadoras argumentam que a fé não pode ser dissociada das questões sociais e políticas, e que é direito de qualquer pessoa ou grupo religioso manifestar suas convicções.
Enquanto isso, a campanha de Quaresma segue, com milhares de fiéis participando das transmissões diárias e expressando suas opiniões sobre o que está acontecendo nas redes sociais. Frei Gilson, apesar da polêmica, continua sua missão religiosa, demonstrando que a fé, para muitos, é um caminho de resistência em tempos de adversidade e que as divisões políticas não devem tirar o foco do verdadeiro propósito espiritual.