Segundo o mais recente levantamento do Instituto Veritá, Gayer aparece com 35,9% das intenções de voto na modalidade espontânea e 30% na estimulada, números que o colocam em posição confortável frente aos possíveis adversários. O Instituto Veritá tem ganhado notoriedade por sua precisão nas últimas eleições, o que dá ainda mais peso aos dados apresentados. Com esses resultados, Gustavo Gayer não só confirma sua força política regional, como também se consolida como o nome mais competitivo da direita para ocupar uma vaga no Senado pelo estado.
O anúncio de Bolsonaro veio acompanhado de elogios à atuação parlamentar de Gayer, que tem se destacado não apenas por sua presença constante nos debates da Câmara dos Deputados, mas também por sua interlocução internacional com parlamentares americanos e europeus. Essa atuação, segundo analistas, amplia o prestígio do deputado dentro do espectro conservador e o posiciona como um porta-voz das pautas defendidas pelo bolsonarismo, especialmente no que se refere à liberdade de expressão, à defesa da família tradicional e ao combate à ideologia de gênero nas escolas.
Em declarações à imprensa, Gayer agradeceu o apoio do ex-presidente e destacou que encara a pré-candidatura como uma missão recebida com senso de responsabilidade. Para ele, representar o povo goiano em uma nova esfera do poder legislativo é uma oportunidade de ampliar sua luta por valores que considera fundamentais para o país. Ele também frisou o desejo de continuar o trabalho iniciado na Câmara, onde ganhou notoriedade nacional por sua postura combativa e pela defesa de pautas ligadas ao conservadorismo.
Até o momento, o deputado ainda não revelou detalhes sobre sua agenda como pré-candidato, mas afirmou que em breve divulgará compromissos e diretrizes de campanha. A expectativa entre apoiadores é de que Gayer mantenha uma linha similar àquela que o levou à Câmara, apostando na comunicação direta com o eleitorado pelas redes sociais e na realização de visitas constantes aos municípios goianos. Sua campanha deverá seguir os moldes tradicionais do bolsonarismo, que prioriza o contato popular, a rejeição ao sistema político tradicional e o discurso de enfrentamento às instituições que, segundo o grupo, estariam aparelhadas.
Apesar do bom desempenho nas pesquisas, Gayer enfrenta resistência por parte de setores da esquerda e de parte do judiciário. Recentemente, seu nome foi alvo de ações no Supremo Tribunal Federal, que determinaram que ele preste esclarecimentos sobre declarações consideradas ofensivas à deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores. A própria Gleisi acionou o STF pedindo uma indenização de R$ 30 mil contra o parlamentar. Além disso, o senador Davi Alcolumbre também declarou que pretende acionar o Supremo contra Gayer, o que demonstra que a trajetória até o Senado poderá ser marcada por embates jurídicos e políticos.
Mesmo diante dessas controvérsias, o apoio declarado de Jair Bolsonaro representa um grande trunfo para Gayer, especialmente entre os eleitores fiéis ao ex-presidente. A aliança entre ambos reforça a estratégia do grupo bolsonarista de garantir espaço significativo no Congresso Nacional nas próximas eleições, apostando em nomes que já possuem base sólida de apoio popular e forte presença nas redes sociais. A expectativa é de que, com Gayer no Senado, o grupo consiga ampliar sua influência nas decisões legislativas e fortalecer a oposição ao governo atual.
O cenário político em Goiás começa a se desenhar de forma mais clara com esse anúncio. A presença de Gustavo Gayer na corrida ao Senado não só mobiliza os eleitores conservadores, como também obriga os demais partidos a repensarem suas estratégias. Ainda não há definições oficiais sobre quem serão seus adversários diretos, mas os próximos meses devem trazer movimentações importantes entre lideranças políticas locais e nacionais.
Enquanto isso, Gayer segue consolidando seu nome como representante de um eleitorado que busca, nas palavras dele, “resgatar os valores do Brasil”. Para os analistas, a disputa ao Senado por Goiás em 2026 tem tudo para ser uma das mais acompanhadas do país, tanto pelo peso político dos envolvidos quanto pela polarização que ainda domina o cenário nacional.