Frei Gilson remove 1,4 mil vídeos de seu canal no YouTube após ataques

LIGA DAS NOTÍCIAS

Frei Gilson, um sacerdote de 38 anos, tem se destacado cada vez mais nas redes sociais, especialmente devido à sua campanha de Quaresma que reuniu mais de um milhão de pessoas em um evento de oração no dia 5 de março. O evento, que marcou o início de um período de reflexão religiosa que vai até o domingo de Páscoa, tem atraído um grande número de fiéis todas as manhãs. A campanha é composta por orações, pregações e celebrações da Santa Missa, todas realizadas pontualmente às 4h da manhã.


Apesar do sucesso estrondoso de sua iniciativa religiosa, Frei Gilson tem se tornado alvo de ataques por parte de influenciadores ligados à esquerda, que criticam suas posições políticas conservadoras. A crescente visibilidade do religioso nas plataformas digitais, especialmente no YouTube, tem causado desconforto em certos setores que se opõem ao que consideram ser sua agenda política alinhada ao conservadorismo. O fato de Frei Gilson ser amigo do padre José Eduardo de Oliveira, que foi investigado pela Polícia Federal em um caso relacionado à tentativa de golpe de Estado, também gerou controvérsia e intensificou os ataques contra ele.


Recentemente, Frei Gilson foi forçado a tomar medidas drásticas para proteger seu conteúdo e sua imagem. Em um movimento que chamou a atenção, ele removeu cerca de 1,4 mil vídeos de seu canal no YouTube. A maior parte dessas exclusões ocorreu entre os dias 14 e 15 de março, quando 1.294 vídeos deixaram de ser acessíveis ao público. Além disso, mais 156 vídeos foram removidos no dia 17 de março. O sacerdote tomou essa decisão em resposta aos ataques recebidos nas redes sociais, tentando evitar mais problemas com aqueles que o criticam.


Essa decisão de limpar seu canal no YouTube, no entanto, não impediu que o número de seguidores de Frei Gilson continuasse a crescer. Nos últimos 15 dias, o número de inscritos em seu canal saltou em mais de 840 mil, atingindo um total de 6,89 milhões de seguidores. O crescimento expressivo reflete o crescente apoio de fiéis que acompanham suas transmissões e pregações, destacando sua popularidade entre o público religioso.


Apesar da popularidade, a figura de Frei Gilson continua a gerar polêmicas. Seu engajamento político e suas opiniões conservadoras o colocaram no centro de um debate mais amplo sobre a relação entre religião e política no Brasil. Defensores de sua posição afirmam que ele está apenas cumprindo seu papel como líder espiritual e utilizando as redes sociais para propagar sua mensagem religiosa. No entanto, críticos apontam que ele estaria se valendo de sua posição religiosa para promover uma agenda política alinhada a interesses conservadores, o que teria contribuído para os ataques da esquerda.


Em resposta às críticas, alguns líderes religiosos, como o pastor Silas Malafaia, expressaram apoio a Frei Gilson, acusando a esquerda de intolerância e censura. Malafaia, conhecido por suas posturas conservadoras, sugeriu que os ataques a Frei Gilson são uma tentativa de silenciar aqueles que se opõem ao governo e à ideologia progressista. Além disso, ele fez questão de enfatizar que Frei Gilson está sendo injustamente atacado por exercer sua liberdade religiosa e política, algo que considera um direito fundamental.


No entanto, os ataques a Frei Gilson também têm uma dimensão mais pessoal, com algumas figuras políticas e influenciadores da esquerda questionando a veracidade de suas afirmações sobre a quantidade de participantes em seus eventos, especialmente durante as transmissões ao vivo em suas plataformas digitais. Um bispo chegou a insinuar que o número de pessoas mencionadas por Frei Gilson em suas lives poderia ser exagerado, gerando ainda mais controvérsia sobre a maneira como ele está conduzindo sua campanha religiosa.


Além dos ataques, Frei Gilson também tem recebido manifestações de solidariedade, inclusive de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que demonstraram apoio à sua liberdade de expressão. Um deles declarou publicamente que lamenta os ataques ao sacerdote e reafirmou a importância de respeitar as diferentes crenças religiosas, independentemente de suas afiliações políticas. O apoio de figuras como essa, no entanto, não tem sido suficiente para abafar a onda de críticas que o frei enfrenta nas redes sociais, o que continua a alimentar o debate sobre a relação entre religião e política no Brasil contemporâneo.


A situação de Frei Gilson é um reflexo das tensões políticas que marcam o cenário brasileiro atual, onde figuras religiosas com posturas conservadoras frequentemente se veem no centro de controvérsias políticas. Seus apoiadores e detratores continuam a se dividir, enquanto o sacerdote segue com sua missão religiosa, buscando alcançar cada vez mais fiéis, seja por meio de suas missas diárias ou pelas transmissões em suas plataformas digitais. A controvérsia envolvendo sua figura é um exemplo de como as redes sociais têm transformado a dinâmica das lideranças religiosas no Brasil, gerando tanto apoio quanto oposição.

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