Durante o evento, Bolsonaro fez duras críticas às ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e aos ministros do Judiciário, acusando-os de perseguição política e de agir de maneira parcial. O ex-presidente mencionou as investigações e processos que envolvem o seu nome e de aliados, destacando que a repressão que enfrenta não é apenas contra ele, mas contra seus seguidores e a democracia. “O que estão fazendo com a gente não é justiça, é vingança. E, se eu for preso ou morto por isso, será um problema deles”, declarou Bolsonaro, causando uma onda de aplausos entre os presentes.
O discurso de Bolsonaro também tocou em outros temas sensíveis, como a liberdade de expressão e o estado de direito no Brasil. Ele criticou o atual governo e os opositores, afirmando que a verdadeira ameaça ao país vem da repressão aos que pensam de maneira diferente. Para o ex-presidente, os atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em uma série de prisões, são um reflexo do autoritarismo que está se espalhando no Brasil.
A manifestação em Copacabana foi mais uma demonstração do apoio popular que Bolsonaro ainda mantém, principalmente entre os setores mais conservadores da sociedade. Apesar de suas declarações, o ex-presidente segue como figura central na política brasileira, com seus discursos frequentemente provocando reações polarizadas. A tensão entre seus seguidores e a oposição continua a aumentar, especialmente com a aproximação das eleições de 2026, onde a figura de Bolsonaro ainda desempenha um papel significativo nas articulações políticas.
O ato em Copacabana reafirma o protagonismo de Bolsonaro no cenário político atual, ao mesmo tempo em que coloca em evidência as divisões cada vez mais profundas que marcam a política brasileira.