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A mais recente pesquisa divulgada pela AtlasIntel revelou um cenário preocupante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os dados coletados entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025, a desaprovação ao governo atingiu 51,4%, o maior índice registrado desde o início do atual mandato. Esse crescimento na rejeição reflete uma insatisfação crescente da população, que vem sendo registrada desde abril de 2024, quando a taxa de desaprovação era de 43,4%. A pesquisa apontou ainda que 45,9% dos entrevistados aprovam a gestão de Lula, enquanto 2,7% não souberam opinar.
A avaliação de desempenho do governo também indica um descontentamento significativo. Do total de entrevistados, 46,5% classificam a administração como "ruim" ou "péssima", enquanto apenas 38,8% consideram a gestão "ótima" ou "boa". Outros 15,6% avaliaram o governo como "regular". Esses números apontam para uma tendência de insatisfação que vem se consolidando ao longo dos últimos meses, indicando dificuldades para o governo sustentar sua base de apoio.
O levantamento foi realizado em parceria com a Latam Pulse e a Bloomberg, utilizando questionários online respondidos por 3.125 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%. O método utilizado pela pesquisa tem sido amplamente empregado para capturar a percepção da opinião pública de forma ágil e representativa.
O impacto dessa pesquisa no cenário político é evidente. Com a desaprovação em alta e uma parcela expressiva da população avaliando negativamente sua gestão, Lula enfrenta desafios para manter a governabilidade e evitar uma crise ainda mais profunda. Setores da oposição já começam a discutir a viabilidade de um processo de impeachment, impulsionados pelo crescente descontentamento popular.
A recente onda de críticas ao governo também está relacionada a diversos fatores, incluindo a condução da economia, as políticas sociais e as recentes decisões do governo em relação à liberdade de expressão e ao funcionamento das instituições democráticas. A percepção de que há um controle excessivo da mídia e tentativas de censura têm sido apontadas como elementos que contribuem para a rejeição ao governo.
Além disso, a relação de Lula com setores do empresariado tem se deteriorado, com críticas às políticas econômicas adotadas. A alta carga tributária, as dificuldades enfrentadas por pequenos empreendedores e a falta de estímulos ao setor produtivo são algumas das queixas mais frequentes entre os empresários. No mercado financeiro, o clima também é de incerteza, com investidores preocupados com o rumo das políticas econômicas e o impacto sobre o crescimento do país.
O lançamento do livro "O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime" tem sido outro fator que acirrou os debates políticos no Brasil. A obra, que se tornou um dos livros mais vendidos do país, expõe bastidores da eleição de 2022 e questiona os acontecimentos que levaram Lula de volta ao poder. O livro descreve supostas manobras do "sistema" para favorecer o ex-presidente, além de abordar temas como censura, perseguição política e o papel da mídia no atual cenário político. Para aliados de Lula, o livro é uma tentativa de desestabilizar o governo, enquanto a oposição vê na publicação um documento histórico que revela verdades ocultas.
O desdobramento dessas questões também tem repercussão internacional. Recentemente, um relator da Organização dos Estados Americanos (OEA) se disse impressionado com as denúncias sobre a liberdade de expressão no Brasil. A visita do relator e as discussões com representantes da sociedade civil têm reforçado a preocupação global com possíveis restrições ao direito à informação e à livre manifestação de opiniões no país. Esse cenário coloca o governo sob ainda mais pressão e pode resultar em maior escrutínio por parte da comunidade internacional.
Enquanto isso, a oposição intensifica suas investigações e estratégias para enfraquecer o governo. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios e o chamado "pacote anti-Janja" são algumas das iniciativas que vêm sendo articuladas para pressionar o Planalto. O objetivo é expor eventuais irregularidades e desgastar ainda mais a imagem do presidente. A estratégia é clara: ampliar a rejeição popular e criar um ambiente favorável para um processo de impeachment.
A pesquisa da AtlasIntel reforça a percepção de que Lula enfrenta um de seus momentos mais desafiadores desde o retorno ao poder. Com um cenário econômico instável, crescente insatisfação popular e forte oposição, o governo precisará buscar soluções urgentes para reverter essa tendência negativa. Caso contrário, a crise pode se aprofundar, e o impeachment, que já é discutido nos bastidores, pode se tornar uma realidade concreta.