Na publicação mais enfática feita na tarde desta segunda-feira, Trump declarou que é “hora da paz” e parabenizou as duas nações por, segundo ele, demonstrarem coragem e inteligência para evitar um conflito mais prolongado. Em um comunicado extenso e repleto de entusiasmo, o ex-presidente afirmou que o cessar-fogo começará oficialmente cerca de seis horas após a divulgação do acordo. Nesse período, ambos os países se comprometeriam a concluir as missões militares que já estavam em andamento antes de iniciar a trégua propriamente dita. De acordo com Trump, o Irã será o primeiro a cessar as hostilidades, seguido por Israel doze horas depois. Ao fim do segundo período, completando vinte e quatro horas, a guerra que já está sendo chamada de “Guerra de 12 Dias” será declarada oficialmente encerrada.
Em seu comunicado, Trump destacou que durante os períodos de cessar-fogo, ambos os lados devem permanecer em atitude pacífica e respeitosa, sem provocações ou ações militares de qualquer natureza. Ele ainda afirmou que acredita no sucesso da trégua e que o mundo inteiro deve celebrar o encerramento de um conflito que, segundo suas palavras, “poderia ter durado anos e destruído todo o Oriente Médio, mas não destruiu e nunca destruirá”.
O cessar-fogo chega em um momento delicado. Nas últimas semanas, as hostilidades entre Israel e Irã atingiram níveis alarmantes, com ataques coordenados por ambos os lados. O Irã chegou a confirmar o lançamento de mísseis contra bases militares dos Estados Unidos no Catar, aumentando o risco de envolvimento direto de potências globais no conflito. Israel, por sua vez, intensificou suas operações no sul do Líbano e na Síria, alegando legítima defesa contra milícias armadas apoiadas por Teerã. As ações foram acompanhadas por declarações contundentes de líderes globais, como o presidente francês Emmanuel Macron, que chegou a afirmar que as operações americanas e israelenses violavam o direito internacional. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou os bombardeios contra o Irã como “agressão injustificada”.
Apesar das desconfianças iniciais, o anúncio feito por Trump foi recebido com cautela e expectativa por líderes internacionais. Até o momento, o governo iraniano não emitiu um comunicado oficial sobre os termos do cessar-fogo, mas fontes diplomáticas próximas ao regime de Teerã indicam que houve sim uma concordância mútua para a suspensão temporária dos ataques. Do lado israelense, há sinais positivos. Autoridades militares informaram que algumas operações previstas para os próximos dias foram suspensas e que tropas começaram a recuar de determinadas zonas de conflito.
A resposta do público à declaração de Trump foi imediata. Milhares de usuários da Truth Social e de outras redes sociais compartilharam a publicação, muitos celebrando o que consideram uma vitória diplomática do ex-presidente. Analistas políticos, no entanto, observam que a ausência de um canal oficial e direto entre Washington, Teerã e Tel Aviv pode dificultar a execução plena do acordo anunciado. Além disso, o fato de o comunicado ter vindo de Trump e não da administração atual da Casa Branca gerou dúvidas sobre o papel real desempenhado pelo ex-presidente nas negociações.
Ainda assim, a notícia trouxe alívio temporário a uma região acostumada com décadas de instabilidade e guerras prolongadas. O temor de uma escalada incontrolável entre Israel e Irã vinha mobilizando alertas de segurança em várias embaixadas e forçando o redirecionamento de voos comerciais sobre o Oriente Médio. A interrupção dos ataques, mesmo que por apenas 12 horas, poderá abrir espaço para esforços diplomáticos mais duradouros, caso se confirme a boa vontade de ambas as partes em respeitar o acordo.
Trump encerrou sua declaração com uma série de bênçãos direcionadas aos países envolvidos e ao mundo. Afirmou que a guerra foi encerrada com dignidade e que o gesto deve ser reconhecido como um marco de coragem histórica. O mundo, agora, aguarda para ver se essa trégua temporária poderá se transformar em uma paz mais duradoura ou se o cessar-fogo será apenas uma pausa breve em um conflito que promete continuar assombrando o Oriente Médio.