Irã anuncia fim da guerra com Israel

LIGA DAS NOTÍCIAS
O presidente do Irã, Masoud Pezashkian, anunciou nesta terça-feira, 24 de junho de 2025, o encerramento oficial da guerra travada contra Israel, que durou doze dias e causou destruição e mortes em ambos os lados. Em um pronunciamento transmitido pela agência estatal Irna, o líder iraniano declarou que o país está agora observando os efeitos do cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia sido anunciado no dia anterior. O discurso de Pezashkian foi marcado por um tom de exaltação ao que chamou de resistência heroica do povo iraniano, que, segundo ele, enfrentou com bravura o que classificou como uma guerra imposta pela provocação israelense.


A trégua vem após quase duas semanas de intensos confrontos militares que colocaram o Oriente Médio novamente no centro das atenções mundiais. O conflito, desencadeado por uma escalada de ataques e retaliações entre forças israelenses e iranianas, chegou a atingir instalações estratégicas em diversos pontos da região, incluindo bases militares, centros urbanos e até zonas de fronteira que envolvem países vizinhos. O anúncio do cessar-fogo trouxe alívio temporário para milhões de civis afetados diretamente pelos bombardeios, além de reacender o debate sobre o papel das potências mundiais na contenção de conflitos regionais.


Durante sua fala, o presidente iraniano afirmou que o país não desejava a guerra, mas foi forçado a responder de maneira proporcional diante do que chamou de atos agressivos e provocativos por parte de Israel. Segundo Pezashkian, a operação militar iraniana foi um ato de defesa soberana e de proteção ao povo persa. Ele ressaltou que, apesar da gravidade dos ataques, o Irã não se curvará a pressões externas e manterá sua política de resistência frente ao que considera ingerência estrangeira na região.


A trégua foi viabilizada após intensas negociações diplomáticas conduzidas pela administração americana. O presidente Donald Trump, que havia assumido um papel de mediador direto entre as partes, anunciou o acordo de cessar-fogo na segunda-feira, classificando o resultado como uma vitória para a paz e um exemplo de liderança internacional dos Estados Unidos. Trump, que está em plena campanha pela reeleição, comemorou o desfecho como um sucesso pessoal, afirmando que seu governo conseguiu evitar uma guerra de proporções maiores e proteger aliados estratégicos na região.


Ainda que o cessar-fogo esteja em vigor, analistas internacionais apontam que o clima entre Teerã e Tel Aviv segue tenso e instável. Ambos os lados acusam-se mutuamente de iniciarem as hostilidades, e permanecem dúvidas quanto à durabilidade da trégua. Israel, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre o anúncio feito por Pezashkian, o que aumenta a incerteza sobre o futuro do acordo. O governo israelense, que vinha sendo criticado por parte da comunidade internacional pela intensidade de suas operações militares, deve agora avaliar as condições do cessar-fogo e os termos da mediação americana antes de se posicionar formalmente.


No Irã, o discurso do presidente teve forte apelo nacionalista e mobilizador. Ele exaltou o papel das Forças Armadas iranianas e agradeceu à população pelo apoio durante os dias de confronto. Afirmou que o país saiu fortalecido política e moralmente do embate, e que o fim da guerra não representará qualquer tipo de rendição ou recuo em suas políticas regionais. Para Pezashkian, a resistência iraniana demonstrou que a nação permanece firme diante de qualquer ameaça externa.


A guerra de doze dias deixou um saldo considerável de mortos e feridos, com destruição de infraestrutura e deslocamento de milhares de civis. Organizações humanitárias já alertaram para a necessidade urgente de envio de ajuda à região, especialmente nas áreas mais atingidas por ataques aéreos e combates terrestres. O cessar-fogo representa uma oportunidade para que corredores humanitários sejam estabelecidos e que os esforços de reconstrução comecem o mais rápido possível.


A comunidade internacional acompanha com cautela os próximos desdobramentos, especialmente porque o histórico de conflitos entre Irã e Israel está repleto de interrupções temporárias seguidas de novos episódios de violência. Ainda assim, o anúncio do presidente iraniano foi recebido como um sinal de que, ao menos por ora, a diplomacia prevaleceu sobre a escalada militar. Se a trégua será duradoura, é uma pergunta que o tempo, a política regional e os interesses globais ainda precisarão responder.


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