Nikolas Ferreira enfatizou que as penas severas impostas aos acusados não eram condizentes com o que ele considera como "baderneiros" e não com "criminosos de fato". O deputado questionou o uso da repressão judicial, sugerindo que os envolvidos nas manifestações de janeiro estavam sendo tratados de forma desproporcional. Durante o ato, ele fez uma declaração enfática contra Moraes, dizendo: “Olha a gente aqui, Moraes se lascou, essa é a resposta para você, seu covarde”. O discurso de Nikolas foi um reflexo das críticas recorrentes feitas por figuras políticas e sociais contra a atuação do ministro, especialmente no que diz respeito às decisões tomadas em relação ao 8 de janeiro.
A manifestação em que Nikolas Ferreira discursou aconteceu em um momento em que o Brasil vivencia intensos debates sobre a anistia aos presos daquele episódio, que gerou uma crise política e jurídica no país. O ato na Avenida Paulista teve como tema central a luta pela liberdade dos presos, com algumas personalidades políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro também marcando presença e se posicionando sobre o assunto. Durante a manifestação, diversas falas reforçaram a ideia de que os eventos de janeiro não seriam um reflexo da vontade popular, mas sim de ações isoladas que teriam sido usadas como pretexto para uma repressão política.
No palco do ato, Nikolas Ferreira também fez críticas à atuação do STF, especialmente em relação a Moraes, que vem sendo alvo de constantes ataques de setores mais conservadores da política brasileira. O deputado chegou a referir-se ao ministro como alguém que usaria sua posição para intimidar os opositores do governo. Sua fala chamou a atenção para o que ele considera uma “judicialização da política”, em que as decisões da Suprema Corte estariam influenciando diretamente o rumo da política nacional, indo além de suas atribuições legais.
O parlamentar não hesitou em comparar a situação atual com períodos de regimes autoritários, insinuando que decisões como as de Moraes se aproximariam de um comportamento ditatorial. Ao afirmar que os opositores do governo estavam sendo tratados como criminosos sem devida consideração pelas circunstâncias de suas ações, ele pediu uma reflexão sobre a liberdade de expressão e os direitos fundamentais, que, em sua visão, estariam sendo cerceados por uma agenda do STF.
A fala de Nikolas Ferreira também se alinhou com o discurso de outros membros do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que criticam a atuação do STF, especialmente no que diz respeito à condução das investigações sobre os acontecimentos de janeiro de 2023. Para muitos desses políticos, a presença de um “excesso de poder” por parte dos ministros do Supremo está corroendo a democracia brasileira e comprometendo a separação dos poderes, algo que, segundo eles, deveria ser um princípio básico do Estado de Direito.
O ato na Avenida Paulista foi marcado por grande adesão popular, com manifestantes que, em sua maioria, apoiam a visão do ex-presidente Bolsonaro e dos líderes do PL, e defendem a anistia como uma medida para corrigir, na opinião deles, um erro judicial. Em meio aos discursos, foi reforçada a ideia de que os presos do 8 de janeiro deveriam ser libertados, uma vez que, de acordo com os manifestantes, suas ações não justificariam penas tão duras e a prisão de tantos envolvidos.
Embora o ato tenha sido protagonizado por figuras políticas de direita, também houve uma forte presença de grupos religiosos e outros setores da sociedade civil que, em apoio ao movimento, reivindicaram o perdão judicial aos acusados, alegando que a justiça poderia ser mais flexível diante das circunstâncias em que os manifestantes agiram. Este tema tem gerado discussões intensas no cenário político, com opiniões divididas sobre qual seria a medida mais justa para os envolvidos no episódio de janeiro de 2023.
Ao longo do evento, Nikolas Ferreira também fez questão de ressaltar a importância de se levantar contra o que considera abusos de poder por parte do Supremo Tribunal Federal e de lutar por um Brasil onde a liberdade de expressão e a pluralidade política sejam respeitadas, sem que o sistema judiciário seja utilizado para punir ideologias divergentes. O deputado, como muitos outros aliados do bolsonarismo, segue desafiando as decisões da Corte, defendendo a tese de que a atual composição do STF está comprometida com uma agenda que, segundo ele, seria incompatível com os valores democráticos.