Com a Bíblia em mãos, irmã Ilda clama por Anistia na Paulista

LIGA DAS NOTÍCIAS

Neste domingo, 6 de abril de 2025, a Avenida Paulista em São Paulo foi palco de uma manifestação que uniu milhares de pessoas em prol da anistia dos presos relacionados aos acontecimentos de 8 de janeiro. Com a presença de diversas figuras políticas e sociais, o ato atraiu a atenção da imprensa e de cidadãos engajados na causa. A manifestação, que teve como um dos principais símbolos a irmã Ilda, foi marcada por discursos fervorosos e gritos de apoio aos detidos, que foram acusados de envolvimento nas invasões e depredações dos três poderes da República.


A irmã Ilda, conhecida pelo seu ativismo em prol dos presos, esteve presente segurando sua Bíblia, como um símbolo de fé e de resistência. Ela compartilhou sua história com os presentes e com a equipe do Pleno.News, afirmando estar ali para lutar por uma causa justa. Ela relatou que, embora tenha estado no QG do 4 de novembro até o dia 9 de janeiro, ela conseguiu deixar o local graças à sua fé, mas muitas outras pessoas ainda se encontram em situações de sofrimento nas prisões.


“Estou aqui por essa boa causa. Eu estive no QG do dia 4 de novembro até o dia 9 de janeiro. Saí de lá no dia 9, a polícia tinha entrado. Jesus me tirou de lá. Mas tem as vítimas, como a Adalgiza, uma mulher de 65 anos, depressiva, que está lá sofrendo. Nós estamos lutando para que todas as pessoas que estão presas na Colmeia [Penitenciária Feminina do Distrito Federal] e em outros locais sejam libertadas. A anistia já!” declarou a irmã Ilda com um forte tom de indignação.


A manifestação, que também contou com a presença de várias lideranças políticas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros representantes de diferentes correntes ideológicas, foi marcada por intensos debates e por uma diversidade de opiniões sobre o rumo do país e a questão da justiça para os presos do 8 de janeiro. Entre os presentes estavam políticos de diferentes espectros, com mais de 100 confirmados, segundo os organizadores do evento. Entre os discursos, destacaram-se os chamados por uma “justiça verdadeira” e por uma revisão do tratamento dado aos manifestantes acusados de crimes no começo de 2023.


Ao longo do evento, a Avenida Paulista se transformou em um palco de manifestações diversas. Além de gritos de apoio aos presos, os participantes também fizeram duras críticas à atuação da mídia, com gritos como “Globo lixo”, direcionados a veículos de comunicação que, segundo eles, teriam contribuído para criminalizar os envolvidos nos protestos. Durante o evento, um vídeo circulou nas redes sociais mostrando manifestantes entoando esse grito, enquanto o público vibrava com cada novo eco nas ruas.


O cenário político e social brasileiro tem se mostrado cada vez mais polarizado, com a questão da anistia gerando intensos debates sobre os limites da justiça e da política. Para alguns, a medida seria uma forma de garantir que as pessoas que se envolveram nos protestos sejam perdoadas e possam reconstruir suas vidas, enquanto outros acreditam que a anistia poderia enfraquecer o sistema judiciário e ser vista como uma mensagem de impunidade.


Entre as pessoas que acompanhavam o ato, muitas se mostraram dispostas a apoiar a causa por acreditarem que a justiça não estava sendo feita de maneira equânime. A irmã Ilda, que já tem um histórico de apoio a várias lutas sociais, tem sido uma figura emblemática nesse movimento e seus relatos emocionados chamaram a atenção de muitos. Ela ressaltou que sua luta é pela libertação de todos os que ainda estão presos em diversas unidades prisionais, incluindo aquelas que estão fora do Brasil, e pediu por uma ação mais contundente por parte do governo para garantir a liberdade de todos os envolvidos.


O ato se prolongou por várias horas, com discursos emocionados e uma grande demonstração de solidariedade entre os participantes. Para muitos, o evento foi mais do que uma simples manifestação política; foi uma demonstração de união e de fé, algo que a irmã Ilda representou ao longo de sua caminhada pela Avenida Paulista. O apoio a essa causa não parece estar restrito a um único grupo político ou ideológico, mas sim a uma ampla camada da sociedade que busca justiça e, para alguns, a reconciliação entre os diferentes lados do espectro político.


Em meio à manifestação, o movimento pela anistia continuou a crescer, com novos grupos se unindo à causa e aumentando a pressão sobre os líderes políticos. Acompanhar os desdobramentos dessa luta nos próximos dias será essencial para entender como o Brasil vai lidar com as questões de justiça e reconciliação. Com mais manifestações previstas e um cenário político em constante transformação, a Avenida Paulista continua sendo um local de encontro para aqueles que querem expressar suas opiniões e lutar por mudanças no país.

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