Desde sua internação, Bolsonaro tem enfrentado dificuldades no funcionamento do intestino, o que impede a alimentação por via oral. Segundo o boletim médico mais recente, ele continua em jejum e recebe nutrição exclusivamente por via venosa. A ausência de movimentos intestinais efetivos tem retardado sua recuperação e mantém o ex-presidente em estado de atenção contínua na UTI. Ainda não há previsão para que ele deixe a unidade intensiva, e a recomendação médica é de que não receba visitas neste momento.
A programação médica para os próximos dias inclui o aumento das atividades de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação. A intenção é acelerar a recuperação física e estimular o retorno das funções orgânicas normais. Embora o estado geral de Bolsonaro seja considerado estável, a permanência na UTI indica a necessidade de cuidados intensivos e monitoramento constante.
O ex-presidente foi hospitalizado no último dia 11, após passar mal durante uma agenda no estado do Rio Grande do Norte. Inicialmente, recebeu atendimento em Santa Cruz, no interior do estado, mas devido à gravidade do quadro, foi transferido de helicóptero para Natal. Lá, exames médicos constataram a obstrução intestinal, o que motivou a transferência imediata para Brasília, onde a cirurgia foi realizada no Hospital DF Star.
A informação sobre o procedimento cirúrgico foi confirmada pelo próprio Bolsonaro em mensagem enviada a aliados políticos. Ele agradeceu o apoio que vem recebendo desde que foi internado e se disse confiante na recuperação. Desde o atentado sofrido em 2018, o ex-presidente já passou por diversas intervenções cirúrgicas e, por diversas vezes, precisou ser internado devido a complicações intestinais resultantes da facada.
O atual quadro de saúde de Bolsonaro gerou repercussão entre apoiadores e adversários políticos. Enquanto aliados expressam solidariedade e desejam rápida recuperação, setores da oposição mantêm a atenção diante da sequência de episódios que envolvem o ex-presidente, tanto na área da saúde quanto nas investigações políticas e jurídicas em curso.
Apesar da gravidade do quadro clínico que motivou a internação, a equipe médica mantém uma postura cautelosa e otimista. O boletim divulgado neste sábado reforça que o episódio de alteração na pressão arterial foi controlado e que os cuidados continuam voltados para a normalização das funções intestinais e a recuperação física geral.
Bolsonaro segue fora das atividades públicas e políticas desde sua hospitalização, e ainda não há previsão de retomada de compromissos. Sua assessoria, por enquanto, tem se limitado a divulgar atualizações sobre o estado de saúde por meio de boletins médicos e comunicados pontuais, evitando manifestações mais amplas sobre sua condição.
O Hospital DF Star, conhecido por atender autoridades e figuras públicas, mantém rígido controle sobre o acesso ao paciente. A recomendação de evitar visitas foi reforçada devido ao estado delicado e à necessidade de preservar o ambiente da UTI, evitando riscos de infecções ou intercorrências que possam comprometer o processo de recuperação.
A situação clínica atual reforça o histórico delicado de saúde do ex-presidente desde o atentado de 2018. As sequelas da facada já exigiram múltiplas cirurgias e períodos de internação prolongados. A obstrução intestinal mais recente, considerada uma complicação tardia do episódio, levou novamente Bolsonaro a uma condição crítica, embora os médicos afirmem que há sinais de estabilização.
Com o prolongamento da internação, cresce a expectativa sobre os próximos boletins médicos, que deverão indicar se haverá evolução suficiente para que o ex-presidente deixe a UTI. Até lá, ele segue sob cuidados intensivos, com alimentação intravenosa e sem previsão de alta, enquanto os médicos monitoram atentamente cada aspecto de sua recuperação.