Bolsonaro, por meio de seu perfil, fez uma ironia sobre o incidente. Em sua postagem, o ex-presidente comentou: "Foi só pra tomar uma cervejinha", minimizando o ato de violência. A declaração gerou controvérsias, com muitos defendendo que o comentário do ex-presidente poderia ser interpretado como uma banalização do ataque a um profissional da imprensa.
O repórter, por sua vez, foi rapidamente socorrido pela equipe de segurança da escola de samba União de Maricá, que estava nas proximidades da cena do crime. Eles agiram prontamente para recuperar o celular e garantir que Josué Amador não ficasse em situação de maior risco. A Inter TV, em nota oficial, repudiou o ataque e expressou sua preocupação com a agressão, ressaltando que qualquer forma de violência contra jornalistas representa uma ameaça à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão.
A solidariedade à vítima foi expressada por diversos setores, que condenaram tanto o roubo quanto a agressão. O caso gerou uma ampla discussão sobre a segurança dos profissionais da mídia, especialmente em contextos de eventos públicos, como o Carnaval, onde o agito e a concentração de pessoas podem facilitar este tipo de crime.
Embora o Carnaval tenha sido o cenário da agressão, o episódio também colocou em evidência a questão da violência contra jornalistas no Brasil, que continua a ser uma preocupação constante. A defesa de liberdade de imprensa e a proteção dos profissionais de comunicação têm sido pontos recorrentes em debates públicos, com diversas organizações e autoridades pedindo mais medidas de segurança e apoio àqueles que exercem a profissão.
A manifestação de Bolsonaro gerou reações mistas nas redes sociais. De um lado, apoiadores do ex-presidente entenderam a ironia como uma crítica à situação do repórter, enquanto do outro, muitos alegaram que o comentário foi desrespeitoso e insensível, dada a gravidade da agressão sofrida pelo jornalista. A postura de Bolsonaro foi comparada por alguns a outras manifestações que ele já havia feito em ocasiões semelhantes, gerando um ambiente de polarização nas discussões sobre o incidente.
A violência contra jornalistas, além de ser uma ameaça ao exercício do jornalismo, também revela o clima tenso vivido por muitos profissionais em contextos políticos e sociais cada vez mais polarizados. O episódio com Josué Amador levanta mais uma vez a necessidade de políticas públicas que garantam a proteção da imprensa e assegurem que os profissionais possam atuar com liberdade e segurança, sem o medo de serem alvo de agressões ou intimidações.
A Inter TV, como mencionada, se manifestou de forma firme contra o ocorrido, deixando claro seu compromisso com a defesa dos direitos dos jornalistas e a busca por justiça. O repórter, felizmente, não sofreu ferimentos graves, mas o incidente, como muitos outros semelhantes, é um lembrete de que ainda há muito a ser feito para garantir a proteção de jornalistas no Brasil, em especial durante eventos de grande mobilização popular, como o Carnaval.
Ao longo do dia, a discussão se ampliou nas redes sociais e no cenário político, com muitas pessoas questionando a postura de Bolsonaro e a repercussão do caso. A questão não se limitou ao ataque em si, mas também aos discursos que, de alguma maneira, banalizam ou minimizam a importância da liberdade de imprensa e a necessidade de um ambiente seguro para o trabalho jornalístico.
Em meio a esse cenário de tensão, é importante lembrar que a liberdade de expressão é um dos pilares fundamentais da democracia. Garantir a proteção dos jornalistas e respeitar o direito de informar sem repressão é essencial para o fortalecimento das instituições democráticas e para a promoção de um debate público saudável e construtivo. O caso envolvendo Josué Amador, mesmo com sua resolução positiva em relação ao celular roubado, deixou claro que o caminho para a segurança dos jornalistas no Brasil ainda é longo e precisa de atenção constante das autoridades e da sociedade como um todo.