Bolsonaro se mostrou confiante quanto ao sucesso do evento, mencionando que espera uma grande participação popular, com um público estimado de 500 mil pessoas. Ele afirmou que a direita tem uma capacidade ímpar de mobilizar as ruas e pretende aproveitar essa força para promover um movimento que, segundo ele, buscará pressionar as instituições e consolidar o apoio à causa da anistia. O ex-presidente ressaltou a importância do momento e afirmou que a mobilização de domingo será um passo significativo para fortalecer a agenda do PL e suas propostas.
Além da questão da anistia, o encontro entre Bolsonaro e Costa Neto também incluiu discussões sobre as eleições presidenciais de 2026. Embora Bolsonaro tenha sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por oito anos, o ex-presidente não descartou a possibilidade de candidatura. Em suas declarações, ele afirmou que, por enquanto, mantém sua posição de que será candidato à presidência em 2026. No entanto, também sugeriu que seria vantajoso para a direita se outros partidos lançassem candidatos, com a possibilidade de uma união no segundo turno das eleições, com o objetivo de garantir uma vitória.
Bolsonaro defendeu que seu capital político e experiência são bens que ele não abrirá mão para apoiar outros candidatos, em uma clara crítica ao que considera um esforço de deslegitimá-lo no cenário político. O ex-presidente refutou as acusações relacionadas ao suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro, afirmando que não há provas contra ele e que as acusações são infundadas. Para Bolsonaro, o processo judicial em andamento é, na verdade, um julgamento político, uma tentativa de afastá-lo do centro do poder e garantir sua inelegibilidade de forma artificial. A acusação de que ele teria incentivado os atos de violência é, segundo ele, uma invenção sem base factual.
Em relação à manifestação em Copacabana, Bolsonaro e Costa Neto ressaltaram a importância de consolidar o apoio popular para pressionar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Para Bolsonaro, a mobilização da direita nas ruas é uma resposta legítima às ações políticas do atual governo e uma forma de retomar o controle das discussões políticas no Brasil. O ex-presidente também comentou sobre o cenário político para 2026 e as possíveis alianças eleitorais, afirmando que o foco deve ser em consolidar uma boa bancada, inclusive com aliados, para garantir que o Brasil "volte a respirar democracia".
Com o apoio crescente de outros partidos, a pauta da anistia ganha força no PL e no espectro político de direita, enquanto o governo de Lula entra em alerta. A mobilização, a articulação política e a tentativa de reverter sua inelegibilidade indicam que Bolsonaro está tentando reconstruir sua base de apoio e posicionar-se como um forte concorrente nas próximas eleições. O Partido Liberal, com a proximidade de um ano crucial para a política brasileira, terá um papel central nas articulações que podem definir os rumos da eleição de 2026.
Esse movimento também reacende o debate sobre as ações judiciais e a relação entre o STF e o governo de Bolsonaro, especialmente no contexto das alegações de golpe de Estado e das manifestações populares que têm sido cada vez mais frequentes. O ex-presidente continua sendo uma figura polarizadora no cenário político, e seus aliados no PL e em outros setores da direita esperam que o processo de mobilização e articulação política traga novos resultados nas próximas semanas. A pressão sobre o governo Lula, ao mesmo tempo, cresce, à medida que a oposição tenta consolidar uma frente ampla e preparar o terreno para o próximo pleito presidencial.