Bolsonaro aproveitou a oportunidade para comentar sobre as pesquisas de intenção de voto que estão circulando. Segundo o ex-presidente, os números de uma pesquisa recente já indicam que ele está à frente de Lula, com 5% a mais em intenções de voto. "A pesquisa, hoje, já me dá 5% à frente do nove dedos [Lula], inclusive a dona Michelle na frente dele, é sinal que ele está derretendo, é um incompetente", disparou Bolsonaro, referindo-se ao apelido atribuído a Lula, "nove dedos", em referência à perda de um dedo durante um acidente de trabalho.
Bolsonaro fez questão de destacar que esses números indicam que Lula está em declínio, e isso se reflete na popularidade do atual presidente. A pesquisa mencionada por Bolsonaro foi realizada pelo instituto Paraná Pesquisas, que foi contratado pelo próprio PL, partido de Bolsonaro. O levantamento foi divulgado nesta manhã e aponta um cenário em que Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, ultrapassam Lula nas intenções de voto em um possível segundo turno das eleições presidenciais de 2026.
De acordo com os dados da pesquisa, no cenário de confronto direto entre Bolsonaro e Lula, o ex-presidente aparece com 45,1% das intenções de voto, contra 40,2% de Lula. Já em um possível confronto entre Michelle Bolsonaro e Lula, a ex-primeira-dama aparece com 42,9% das intenções de voto, enquanto o presidente atual tem 40,5%. Esses números demonstram uma vantagem de ambos os Bolsonaro sobre o atual presidente em dois cenários distintos.
O ex-presidente também não poupou críticas ao governo Lula e à forma como as decisões políticas estão sendo tomadas. Ele afirmou que o atual governo só o considera inelegível porque tem medo da sua popularidade. Bolsonaro se referiu à sua inelegibilidade, que foi determinada por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considerou que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante um encontro com embaixadores, em julho de 2022. Durante esse encontro, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas, o que gerou a decisão do TSE que o tornou inelegível até 2030.
Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro tem se mostrado ativo na política e na oposição ao governo Lula. Em diversos momentos, ele tem se posicionado como um crítico ferrenho das ações do atual presidente, principalmente em relação à economia, à segurança pública e à gestão da pandemia de Covid-19. O ex-presidente tem se reunido com lideranças políticas da oposição, buscando fortalecer sua base de apoio e aumentar sua visibilidade para as eleições de 2026, quando, teoricamente, sua inelegibilidade poderá ser revista.
Em relação à pesquisa, o cenário de 2026 tem gerado bastante especulação e discussões. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado confiança nos números, que indicam um enfraquecimento do governo Lula e uma possível recuperação da popularidade de Bolsonaro. Mesmo com a limitação imposta pela inelegibilidade, Bolsonaro tem tentado mobilizar sua base e se posicionar como uma alternativa viável à reeleição de Lula, que ainda não deu sinais claros sobre a sua intenção de concorrer novamente em 2026.
Ainda assim, a situação política no Brasil segue em constante transformação. Diversos fatores podem influenciar o panorama eleitoral nos próximos anos, incluindo as decisões do STF, o impacto das políticas públicas do governo Lula e os movimentos da oposição. No entanto, Bolsonaro tem mostrado disposição para disputar novamente a presidência, seja por meio de uma eventual candidatura ou apoiando outra figura política. A pesquisa recente, embora ainda distante do cenário definitivo, tem alimentado o debate sobre a possibilidade de uma nova disputa entre Bolsonaro e Lula, com novos protagonistas como Michelle Bolsonaro ganhando destaque.
Por enquanto, o ex-presidente segue como uma figura central na oposição, e a disputa política para as eleições de 2026 promete ser um dos temas mais comentados nos próximos anos, com desafios e reviravoltas a serem observados de perto pela população e pelos especialistas.