O governo federal enfrenta desafios significativos para controlar o crescimento da dívida pública, que continua a subir devido a déficits fiscais recorrentes. A projeção do Tesouro Nacional indica que a dívida pública federal pode atingir entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões até o final de 2025. Esse aumento é impulsionado por fatores como o elevado custo da dívida, que é impactado pela taxa Selic elevada, e o crescimento das despesas obrigatórias, especialmente com a Previdência Social.
A composição da dívida pública também está mudando. O Tesouro Nacional planeja aumentar a participação de títulos atrelados à Selic, que atualmente representam 46,29% da dívida, para uma faixa entre 48% e 52%. Por outro lado, a participação de títulos prefixados deve permanecer estável, entre 22% e 26%. A dívida corrigida pela inflação deve ficar entre 25% e 29%, enquanto a dívida externa representará entre 3% e 7% do total da dívida pública federal.
Essas mudanças na composição da dívida visam reduzir os custos financeiros do governo e aumentar a atratividade dos títulos públicos para os investidores. No entanto, a elevada taxa de juros e o aumento das despesas obrigatórias continuam a pressionar as finanças públicas, tornando mais difícil o controle do endividamento.
O impacto desse aumento da dívida pública é sentido pela população, especialmente em termos de juros mais altos e menor disponibilidade de recursos para investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. O governo federal enfrenta o desafio de equilibrar as contas públicas, controlar a inflação e promover o crescimento econômico sustentável, sem comprometer a estabilidade fiscal.
Em resumo, a dívida pública federal brasileira continua a crescer, impulsionada por déficits fiscais recorrentes e aumento das despesas obrigatórias. O governo está adotando medidas para modificar a composição da dívida e reduzir seus custos, mas os desafios fiscais permanecem significativos. O controle da dívida pública será fundamental para garantir a estabilidade econômica e financeira do país nos próximos anos.