Situação aterrorizante para a esquerda

LIGA DAS NOTÍCIAS

 


A mais recente pesquisa do Instituto GERP, realizada entre os dias 22 e 27 de março com duas mil entrevistas, apresenta um cenário eleitoral preocupante para a esquerda e otimista para a direita, refletindo o momento político do Brasil às vésperas das eleições de 2026. O levantamento indica uma queda acentuada nas intenções de voto para o ex-presidente Lula (PT), enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém uma liderança sólida e outras alternativas de direita ganham força.


No cenário mais tradicional, com a presença de Bolsonaro, o ex-presidente aparece com 41% das intenções de voto, o mesmo índice registrado em fevereiro, enquanto Lula, que anteriormente havia caído de 27% para 25%, agora é visto por 26% dos eleitores, um aumento marginal, mas insuficiente para reverter a tendência de queda. Ciro Gomes (PDT) segue com uma pequena, mas constante, parcela de apoio, com 5% das intenções de voto. Novas lideranças como Ratinho Jr (PSD), Pablo Marçal (PRTB), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União) continuam com uma representatividade abaixo dos dois dígitos, mas mantêm uma presença considerável no cenário político.


Quando o cenário é alterado para a disputa com Tarcísio de Freitas, o atual governador de São Paulo, Lula cai ainda mais para 24%, enquanto o ex-ministro da Infraestrutura segue com 18%, sem alterações significativas em relação a fevereiro. A pesquisa também mostra o crescimento de Pablo Marçal, que sobe para 13% das intenções de voto, e de Ciro Gomes, que atinge 10%, mas sem um desempenho impressionante que o coloque como um dos principais concorrentes. Ratinho Jr, Zema e Caiado continuam em patamares baixos, enquanto 14% dos entrevistados não sabem ou não responderam.


No terceiro cenário, com a presença de Eduardo Bolsonaro, o quadro se repete em termos de distribuição de votos, com Lula caindo para 24%, um ponto a menos em relação ao cenário anterior, enquanto o filho do ex-presidente Bolsonaro aparece com 19%, um crescimento de dois pontos em relação a fevereiro. A disputa com outros candidatos segue acirrada, com Ciro Gomes, Marçal e Zema dividindo uma parte do eleitorado, enquanto 12% dos entrevistados afirmam não saber ou não responderam.


Um dos cenários mais impactantes da pesquisa é o quarto, onde não há a presença de Lula e o ex-presidente Bolsonaro compete com figuras como Ciro Gomes e Flávio Dino, ministro da Justiça. Neste cenário, a liderança de Bolsonaro se mantém em 39%, superando com folga Ciro, que aparece com 13%, e Flávio Dino, com 6%. Ratinho Jr, Pablo Marçal, Zema e Caiado continuam com apoio limitado, e o índice de indecisos é alto, alcançando 17%.


A pesquisa também apresenta cenários sem a participação de Lula ou Bolsonaro, o que revela um campo político mais aberto e dinâmico. No quinto cenário, com Tarcísio de Freitas como candidato pela direita, ele lidera com 18%, seguido de perto por Ciro Gomes com 17%. O crescimento de Pablo Marçal para 13% e o aumento da presença de Flávio Dino com 8% indicam que o cenário sem as duas principais figuras da política atual abre espaço para novos nomes. No entanto, a parcela de indecisos chega a 20%, refletindo a incerteza de uma parte significativa do eleitorado.


O último cenário testado na pesquisa, sem Lula, Bolsonaro e Tarcísio, apresenta um quadro ainda mais fragmentado. Eduardo Bolsonaro lidera com 18%, seguido de Ciro Gomes com 17%. O crescimento de Pablo Marçal, que alcança 12%, e a presença de figuras como Ratinho Jr, Zema e Flávio Dino indicam que o campo de centro-direita e centro-esquerda pode ser mais competitivo nas próximas eleições. No entanto, novamente, uma grande parcela do eleitorado (18%) não se posiciona claramente, refletindo a dificuldade em identificar um líder claro nesse cenário.


A pesquisa do GERP é um reflexo das mudanças no cenário político brasileiro, com a ascensão de novos nomes na direita e a crescente dificuldade da esquerda em manter uma liderança forte. A queda de Lula e o fortalecimento de Bolsonaro e outros candidatos indicam uma polarização crescente, mas com um número considerável de indecisos que ainda podem definir o resultado das eleições de 2026. A evolução desses números nos próximos meses será crucial para entender o rumo da política brasileira e a dinâmica entre as forças em disputa.

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