Cléber Machado celebra conquista ao superar a Globo em audiência

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 Cléber Machado, narrador esportivo de 62 anos, vive um momento especial em sua carreira ao refletir sobre sua recente conquista de superar a Globo em audiência, sua antiga casa por mais de quatro décadas. Atualmente na Record, Cléber comanda a transmissão do Campeonato Paulista e, a partir do próximo fim de semana, também será responsável pelas narrações dos jogos do Campeonato Brasileiro, consolidando seu papel como uma das grandes vozes do esporte no Brasil.


Em uma entrevista recente ao programa "Pânico", da Jovem Pan News, Cléber compartilhou suas impressões sobre o fato de ter ultrapassado a Globo no Ibope, algo que em muitos momentos parecia uma tarefa difícil devido ao histórico de liderança da emissora carioca nas audiências. Quando questionado por Emilio Surita sobre a sensação de vencer a emissora que fez parte de sua vida por tanto tempo, o narrador foi direto: “É uma outra coisa”, afirmou. Para Cléber, a cultura de valorizar a audiência sempre esteve presente, especialmente quando se trabalha em uma emissora de grande porte como a Globo. “Todo mundo quer ter audiência”, destacou, referindo-se à constante busca pela liderança nas classificações de Ibope.


Ao longo de sua carreira, Cléber Machado se acostumou a trabalhar com a pressão de manter bons índices de audiência. Segundo ele, a satisfação de conquistar o primeiro lugar nas transmissões é evidente, mas a responsabilidade de manter essa posição é um sentimento diferente. "Você faz um bom produto, dá uma boa audiência, consegue faturar, consegue aplicar e tal. Claro que chegar ao primeiro lugar é legal. Óbvio que é legal. Mas são sentimentos diferentes", refletiu. Para ele, o desafio na Globo sempre foi o de fazer o canal se manter no topo, o que inclui não apenas alcançar bons índices, mas também garantir que eles não diminuam ao longo do tempo.


Cléber também falou sobre o feito de ter conseguido liderar a audiência em várias transmissões na Record. “Se você começa a cair, é um mau negócio. Você vai fazer um jogo no SBT e faz primeiro lugar durante o jogo inteiro… na Record a gente fez três, quatro jogos que a gente ficou em primeiro lugar de ponta a ponta”, comemorou. Embora ele reconheça a importância da visibilidade que esses números geram, ele também ressaltou que o mais importante será o desempenho nas transmissões do Campeonato Brasileiro, que começam no próximo fim de semana.


O narrador também foi questionado sobre as diferenças nas estruturas de trabalho entre as emissoras, uma vez que ele passou por mudanças significativas em sua carreira ao deixar a Globo e se transferir para o SBT e, mais recentemente, para a Record. Para Cléber, as diferenças entre as emissoras são menores do que muitos poderiam imaginar. “Tem uma diferença, mas é muito menor do que a que eu poderia imaginar que fosse”, declarou. A experiência de trabalhar tanto na Globo quanto em outros canais o levou a concluir que, apesar das mudanças, a qualidade do trabalho não está atrelada unicamente à estrutura física dos estúdios ou dos equipamentos.


Ele explicou que o essencial é ter uma equipe capacitada e que as condições de trabalho, como o funcionamento do equipamento e a comunicação com os profissionais da equipe, são importantes, mas não há uma grande disparidade entre as emissoras que ele passou. “Nunca fui de pular muito de lugar em lugar. Eu fiquei muito tempo no mesmo lugar. Eu tô fazendo 45 anos de carreira e eu trabalhei 41 na rádio e na TV Globo. Eu fiquei 35 lá [na televisão] e seis na rádio”, afirmou, lembrando de sua longa trajetória na Globo. Para ele, mais do que a infraestrutura das emissoras, o que realmente faz a diferença é o profissionalismo e a dedicação das pessoas com quem ele trabalha. "Todo mundo sabe trabalhar", completou.


Além disso, Cléber Machado falou sobre a natureza dos imprevistos que podem ocorrer em qualquer lugar, mesmo nas emissoras de maior porte. Como qualquer outro profissional da área, ele já enfrentou situações em que não conseguia se ouvir no retorno, ou em que o áudio cortava, algo que pode acontecer independentemente da emissora ou do tamanho da estrutura. “Tem um dia que você fala 'gente, não tô me ouvindo’, ou ‘tá cortando’. Eu acho que tem menos diferença do que a gente poderia imaginar”, concluiu, reafirmando que o importante é a qualidade do trabalho e o compromisso com o público.


Essa nova fase de Cléber Machado na Record é marcada por uma série de desafios, mas também por importantes vitórias, como a liderança de audiência nos jogos transmitidos pela emissora. A mudança de canal não foi apenas uma transição profissional, mas também uma renovação de energias para o narrador, que se mostra empolgado com a nova fase de sua carreira, mais focado no futebol brasileiro e em suas transmissões que prometem trazer grandes momentos para os telespectadores. E, com o Campeonato Brasileiro se aproximando, Cléber tem a chance de ampliar ainda mais seu legado no jornalismo esportivo brasileiro, que já é imenso.

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