O senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas (PP), declarou em entrevista que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não venceria uma eleição contra Jair Bolsonaro se o pleito ocorresse nos dias de hoje. Baseando-se em índices de rejeição ao governo petista, ele argumentou que a alta desaprovação tornaria inviável a reeleição de Lula em 2026. Segundo Nogueira, a rejeição ao governo atual chega a 49%, um número que dificultaria qualquer tentativa de continuidade do petista no poder. O senador destacou que, diante desse cenário, Lula provavelmente evitaria uma candidatura para não correr o risco de encerrar sua trajetória política com uma derrota.
Durante a entrevista, Ciro Nogueira enfatizou que Lula tem plena consciência das dificuldades que enfrentaria em uma eventual disputa contra Bolsonaro. Ele afirmou que o presidente não se arriscaria a passar por um processo eleitoral sabendo que a derrota é uma possibilidade concreta. O senador também abordou a situação política do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta um cenário de inelegibilidade. Apesar dos desafios jurídicos, Nogueira demonstrou otimismo quanto à reversão da situação do ex-mandatário. Ele mencionou que antes considerava quase impossível reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, mas que agora enxerga essa possibilidade como difícil, porém factível. O senador revelou que está trabalhando em um projeto que poderia anistiar o ex-presidente e, assim, permitir sua participação no pleito de 2026.
A confiança de Bolsonaro em relação ao futuro político também foi mencionada por Nogueira. O senador afirmou que o ex-presidente mantém esperanças de que poderá concorrer novamente e que, caso a reversão da inelegibilidade não ocorra, outras alternativas serão consideradas. No entanto, qualquer decisão final será tomada pelo próprio Bolsonaro, que segue como principal liderança da direita no Brasil. O Progressistas, partido comandado por Ciro Nogueira, já está se movimentando para as eleições de 2026 e busca fortalecer sua bancada no Senado. Uma das apostas do partido é o deputado federal Dr. Luiz Ovando, de Mato Grosso do Sul. O parlamentar, que atualmente cumpre seu segundo mandato na Câmara, está sendo cotado como candidato ao Senado e conta com o apoio de figuras influentes da legenda, como a senadora Tereza Cristina.
Ovando é visto como um nome forte dentro da ala conservadora do partido e reúne características que agradam o eleitorado de direita. Sua trajetória política, marcada pelo apoio a Jair Bolsonaro desde 2018, o coloca como um candidato competitivo para a eleição majoritária. O deputado chegou ao Congresso pelo PSL e, após a fusão do partido com o DEM, migrou para o PP, onde consolidou sua atuação em defesa de pautas conservadoras. A possível candidatura de Dr. Luiz Ovando ao Senado conta com a simpatia de Jair Bolsonaro e de outros nomes influentes do PP. Em 2026, cada estado brasileiro elegerá dois novos senadores, e o partido busca ampliar sua presença na Casa com candidatos alinhados à direita. Tereza Cristina, que já declarou apoio a Ovando, vê nele um nome capaz de fortalecer a legenda e ampliar a representação conservadora no Congresso.
Dentro do bolsonarismo, o deputado é considerado um aliado estratégico, especialmente por suas posições firmes contra decisões do Judiciário. Caso temas como impeachment ou anistia avancem no Congresso, Ovando é apontado como um dos parlamentares que votariam favoravelmente a essas pautas. Seu histórico de fidelidade ao grupo político de Bolsonaro e sua experiência na Câmara dos Deputados são fatores que contribuem para sua crescente projeção dentro do partido. A movimentação do PP em direção às eleições de 2026 demonstra a estratégia do partido em consolidar sua base no Senado e fortalecer a oposição ao governo Lula. Com um cenário político ainda indefinido, mas marcado por desafios para o atual presidente e incertezas sobre o futuro de Bolsonaro, as articulações já estão em curso para garantir que a direita tenha um papel relevante na disputa.
Enquanto isso, o governo Lula enfrenta dificuldades para reverter os índices de rejeição. Com desafios econômicos e embates políticos constantes, o presidente tenta manter sua base de apoio enquanto observa os movimentos da oposição. A avaliação negativa de seu governo e o fortalecimento de possíveis adversários em 2026 são fatores que preocupam o Planalto. A disputa política para os próximos anos segue aberta, com os principais atores se movimentando para garantir espaço e viabilidade eleitoral. Se Bolsonaro conseguir reverter sua inelegibilidade, o cenário poderá se tornar ainda mais competitivo, com uma possível reedição da polarização que marcou as últimas eleições presidenciais. Enquanto isso, figuras como Ciro Nogueira e lideranças do PP seguem trabalhando para fortalecer a direita e garantir um papel de destaque na corrida eleitoral que se aproxima.