Temporal em SP alaga ruas, estação de metrô e derruba teto de shopping

Caio Tomahawk


Na tarde desta sexta-feira, 24 de janeiro de 2025, a cidade de São Paulo enfrentou um temporal que causou sérios transtornos, incluindo alagamentos, desabamentos e interrupções no transporte público. Por volta das 15h30, uma forte chuva atingiu a capital paulista e a região metropolitana, gerando diversas ocorrências de emergência e provocando o fechamento de várias vias. A Defesa Civil emitiu um alerta severo para rajadas de vento e risco de alagamentos, recomendando que a população se protegesse durante o temporal, que tinha previsão de durar entre 30 minutos e uma hora.

A tempestade foi acompanhada por uma nuvem escura e uma intensa atividade elétrica, com relâmpagos e trovões que marcaram a tarde. O impacto foi sentido principalmente nas zonas norte e oeste da cidade, com ruas transformadas em rios e diversos bairros submersos. De acordo com a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia, mais de 179 mil clientes ficaram sem eletricidade em menos de duas horas após o início da chuva.

O transporte público também foi duramente afetado. A Linha 1-Azul do Metrô, uma das mais movimentadas da cidade, foi uma das mais prejudicadas. A estação Jardim São Paulo, na zona norte, ficou completamente alagada, e a Linha 7-Rubi da CPTM também enfrentou dificuldades, com alagamentos registrados em várias partes da cidade. Muitos passageiros ficaram presos dentro das composições, sendo resgatados por ônibus gratuitos disponibilizados pelo sistema Paese, que circulavam entre as estações Tucuruvi e Jardim São Paulo. A situação caótica no metrô foi retratada por vídeos que circulavam nas redes sociais, mostrando pessoas empilhadas em cima dos corrimões enquanto aguardavam socorro.

A zona norte foi a região mais atingida pelas chuvas intensas. A Rua Alfredo Pujol, em Santana, teve a ocorrência de um desabamento, mas felizmente não houve vítimas. Entretanto, a situação foi ainda mais dramática no Shopping Center Norte, onde o teto do estabelecimento desabou devido ao peso da água acumulada. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram carros flutuando em algumas avenidas alagadas, o que gerou pânico entre os motoristas e moradores da região.

Em outras áreas da cidade, como o Beco do Batman, famoso ponto turístico da Vila Madalena, o caos também foi grande, com as ruas completamente alagadas e as lojas sofrendo danos. Em bairros como Tucuruvi e Santana, a água invadiu residências e comércios, gerando prejuízos para a população local. Além disso, algumas vias de grande circulação, como a Pompéia, também ficaram interditadas por conta da forte chuva, que provocou acidentes e transtornos no trânsito.

O temporal ocorreu em um contexto de clima extremo. Apenas três dias antes, na terça-feira, 21 de janeiro, São Paulo havia registrado o dia mais quente do ano, com temperaturas que chegaram a 34,5°C. Esse contraste entre calor intenso e chuvas fortes tem sido uma característica do clima paulistano nas últimas semanas, evidenciando a instabilidade climática que tem afetado a cidade. As autoridades continuam monitorando a previsão do tempo, e a Defesa Civil manteve o alerta sobre o risco de mais chuvas intensas nas próximas horas.

Além dos transtornos causados pelos alagamentos e desabamentos, o temporal também gerou um aumento no número de chamadas para o Corpo de Bombeiros e outros serviços de emergência. Embora não haja registros de vítimas fatais até o momento, os danos materiais são consideráveis, e muitas famílias ficaram desalojadas devido às inundações. As autoridades locais estão tomando medidas para aliviar os impactos da tempestade, incluindo o fechamento temporário de algumas vias e a continuidade do resgaste de pessoas que ainda estão ilhadas.

O evento desta sexta-feira reflete a vulnerabilidade de São Paulo diante de temporais, especialmente em áreas mais suscetíveis a alagamentos e desabamentos. A cidade, que frequentemente enfrenta problemas de drenagem, viu seus sistemas de infraestrutura sobrecarregados, resultando em danos consideráveis para a população. O impacto nas redes de transporte, especialmente no metrô e na CPTM, causou grandes transtornos, afetando milhares de passageiros que dependem desses meios de locomoção para se deslocar pela cidade.

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