Essas declarações do senador ocorreram após a decisão de Moraes de condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão. Débora foi responsabilizada por escrever com batom a frase "perdeu, mané" na estátua "A Justiça", localizada em frente ao STF, durante os eventos de 8 de janeiro. O ministro considerou essa ação como parte de uma série de atos que visavam desestabilizar a democracia brasileira.
Flávio Bolsonaro questionou a severidade da pena aplicada, especialmente quando comparada a outras situações em que indivíduos envolvidos em atividades criminosas mais graves receberam punições mais brandas. Ele enfatizou que, enquanto traficantes armados com fuzis podem estar em liberdade ou receber sentenças mais leves, uma pessoa que danifica uma estátua com batom enfrenta uma pena tão rigorosa. O senador argumentou que essa discrepância não condiz com os princípios de um país democrático.
Em manifestações anteriores, Flávio já havia se referido ao "Alexandrismo" de forma crítica. Durante um evento em Copacabana, no Rio de Janeiro, ele declarou que seus aliados políticos iriam "derrotar o alexandrismo" e combater os "verdadeiros destruidores da democracia". Essas declarações refletem um clima de tensão política, com acusações mútuas entre diferentes esferas do poder.
Além disso, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, anunciou que solicitará urgência na votação do projeto de lei que propõe a anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele afirmou ter o apoio de 92 deputados do PL e de outros partidos para que a proposta seja incluída com prioridade na pauta legislativa. Essa movimentação legislativa visa reverter as punições aplicadas aos participantes desses eventos, gerando debates sobre a interpretação dos fatos e a necessidade de reconciliação nacional.
Esses acontecimentos refletem a polarização política atual no Brasil, com figuras públicas expressando opiniões divergentes sobre a atuação do STF, a aplicação da justiça e a condução dos processos legais relacionados aos eventos de 8 de janeiro. A sociedade brasileira continua a acompanhar atentamente os desdobramentos desses episódios, que têm implicações significativas para o cenário político e institucional do país.