O parlamentar mineiro destacou a importância de conversar com Motta, pois, além do apoio interno, a instalação da comissão depende também da aprovação da presidência da Casa. "Eu estou para conversar em breve com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta, para poder, de fato, ver a viabilidade disso. Vou conversar com ele, pode ter certeza que, num futuro bem próximo, a gente vai conseguir as assinaturas necessárias para poder abrir essa CPI", explicou Nikolas.
A proposta de criar a CPI já foi discutida por Nikolas no final de 2024, e, de acordo com ele, o objetivo principal da comissão será investigar o uso político dos dados divulgados pelo IBGE. Para o deputado, em algumas gestões anteriores, o instituto teria utilizado informações de forma manipulada, não apresentando um retrato fiel da realidade do país. Ele afirmou, ainda, que a atuação do IBGE foi marcada por distorções, especialmente durante a presidência de Marcio Pochmann. O deputado acusou o instituto de ter utilizado dados para fins políticos, o que, segundo ele, prejudica a confiança nas informações oficiais.
Nikolas Ferreira argumentou que a criação da CPI é fundamental para garantir que o IBGE, uma instituição respeitada e vital para o país, volte a ser transparente e livre de interesses partidários. Para ele, o objetivo não é atacar o instituto, mas sim assegurar que as informações fornecidas à população sejam corretas e reflitam a realidade social, econômica e geográfica do Brasil. "Eu acredito que é de interesse de todos, investigar esse instituto, que foi, durante a gestão do Marcio Pochmann, utilizado para questões políticas", declarou Nikolas.
A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito exige o apoio de um terço dos deputados e um terço dos senadores, o que torna a adesão de outros parlamentares crucial para a viabilidade da proposta. Segundo Nikolas, a movimentação está crescendo, e ele acredita que em breve conseguirá as assinaturas necessárias para formalizar o pedido de instalação da CPI. O deputado ainda ressaltou que a adesão a essa causa tem sido muito positiva, com muitos colegas parlamentares se mostrando interessados em apoiar a investigação.
A CPI tem gerado discussões no cenário político, e diversos parlamentares, especialmente da oposição, têm se manifestado sobre a proposta de Nikolas. Alguns veem a iniciativa com cautela, questionando a real necessidade de uma investigação mais profunda sobre o IBGE, considerando que o instituto já passa por processos de auditoria e fiscalização. Por outro lado, outros apoiam a criação da comissão, acreditando que uma investigação mais rigorosa poderia garantir maior transparência e confiabilidade nas informações divulgadas.
O IBGE, por sua vez, tem se defendido de críticas como as de Nikolas Ferreira, reafirmando seu compromisso com a imparcialidade e a precisão dos dados produzidos. A instituição destaca que seus métodos de coleta e análise de dados são baseados em normas internacionais e que está aberta a qualquer tipo de acompanhamento ou auditoria externa. A transparência e a correção das informações fornecidas pelo IBGE, conforme a instituição, são fundamentais para o bom andamento da política pública no país.
O caso está gerando expectativa em vários setores da sociedade, especialmente entre economistas e pesquisadores que dependem das estatísticas oficiais para elaborar análises sobre a realidade brasileira. A criação de uma CPI pode ter um impacto significativo na forma como os dados são tratados e como a sociedade brasileira percebe a atuação do IBGE, instituição que, historicamente, tem sido considerada um pilar de credibilidade para o país.
Enquanto Nikolas Ferreira segue com seus planos para conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e avançar na busca pelas assinaturas necessárias, a sociedade acompanha atentamente os desdobramentos dessa proposta. A CPI do IBGE pode se tornar um dos assuntos centrais na agenda política nos próximos meses, dependendo de como a situação se desenrolar. Se a comissão for instaurada, o IBGE terá de se preparar para responder aos questionamentos e, possivelmente, passar por um processo mais rigoroso de escrutínio sobre a maneira como realiza seus levantamentos e divulga seus dados.
Por enquanto, o deputado Nikolas Ferreira continua empenhado na coleta de apoio para garantir que sua proposta se concretize. A CPI do IBGE é vista por ele como uma medida necessária para preservar a integridade dos dados públicos, fundamentais para a formulação de políticas públicas eficazes e para a compreensão da realidade brasileira por todos os cidadãos.