Dallagnol, em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, revelou os bastidores dessa articulação, explicando como o Congresso dos Estados Unidos vem se organizando para impor medidas contra Moraes. Para o ex-procurador, as implicações desse bloqueio financeiro são profundas, afetando não apenas o ministro, mas também o próprio Supremo Tribunal Federal e a política interna brasileira. Ele ainda sugeriu que o impacto poderia ser equivalente a uma "pena de morte financeira", o que poderia ter efeitos duradouros sobre a autoridade e a imagem do STF em nível global.
Esse movimento ocorre em um contexto mais amplo de atritos diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos, que aumentaram após a chegada de Donald Trump ao poder. Segundo algumas análises, o governo de Trump teria considerado algumas decisões do STF como afrontas diplomáticas sérias, principalmente no que tange a questões de liberdade de expressão e o tratamento de opositores políticos. A situação é ainda mais complexa devido ao cenário eleitoral de 2022 e as acusações de manipulação política que circulam em torno dessas eleições, algo que é detalhado no livro "O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime". A obra, que tem gerado polêmica no Brasil, expõe alegações sobre como o sistema político brasileiro manipulou processos eleitorais para garantir a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.
O livro, que se tornou um best-seller, se apresenta como um registro detalhado das alegações de corrupção e manipulação política, abrangendo desde a prisão de Lula até a perseguição política de Jair Bolsonaro. É visto por seus apoiadores como uma documentação crucial dos eventos que moldaram o cenário político atual no Brasil, destacando também o papel da mídia e das instituições judiciais em processos de censura e manipulação. Dallagnol, em sua análise, acredita que essa obra tem o potencial de provocar um grande impacto, caso mais pessoas tomem conhecimento de seu conteúdo.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente Bolsonaro teria dado sua aprovação ao livro, o que pode reforçar a narrativa de uma luta política entre os segmentos da direita e da esquerda no Brasil. Dallagnol também tem enfatizado que, com o fortalecimento da oposição política a Moraes, o ministro está cada vez mais isolado, sendo alvo de uma intensa campanha tanto internamente quanto externamente. Esse cenário, segundo ele, não deve ser ignorado, pois os Estados Unidos estão tomando medidas sérias que podem alterar a dinâmica política no Brasil, com implicações que vão muito além da esfera judicial.
Em resposta às ações contra ele, Moraes se manifestou publicamente sobre o bloqueio de sua conta no Twitter, revelando estar ciente dos movimentos internacionais que visam enfraquecer sua posição no STF. Ele também respondeu ao aumento da pressão por parte de Donald Trump, que, segundo fontes próximas, considera algumas decisões de Moraes como ações diplomáticas danosas. A relação tensa entre os governos de Brasil e EUA parece ter atingido um novo ponto crítico, colocando o Supremo em uma posição difícil diante de pressões externas.
Para o ministro, as ações dos Estados Unidos representam uma tentativa de interferência nas decisões da justiça brasileira, algo que ele considera inaceitável, principalmente em um momento em que a instabilidade política interna no Brasil parece aumentar. Moraes, que tem sido um personagem central nas últimas crises políticas e judiciais no país, enfrenta agora a possibilidade de medidas mais drásticas contra sua carreira e sua imagem, tanto no Brasil quanto no exterior.
Este episódio reflete um cenário ainda mais turbulento para o Brasil, com o STF se tornando um campo de batalha não apenas entre diferentes facções políticas nacionais, mas também em uma guerra diplomática de proporções internacionais. A movimentação dos EUA contra o ministro Moraes é apenas o início de uma série de eventos que podem transformar ainda mais o quadro político atual, trazendo à tona questões de soberania e a relação entre o Brasil e as potências globais. A questão que fica é: qual será o próximo passo dessa crise internacional, e como isso afetará o cenário político interno brasileiro? O que está em jogo não é apenas a figura de Moraes, mas a própria dinâmica da democracia e do sistema judicial no Brasil.