Além disso, os ovos brancos também sofreram aumentos consideráveis, com preços alcançando R$ 31,99, um valor que já ultrapassa o de alguns cortes de carne, como o fígado bovino, que pode variar entre R$ 13,95 e R$ 31,90, o músculo, com preços entre R$ 28,99 e R$ 49,90, e o acém, que tem preços de R$ 29,98 a R$ 53,90. O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2025, em 45 estabelecimentos da Grande Belo Horizonte, e trouxe à tona a situação preocupante do setor alimentar no país.
A alta nos preços dos ovos não é vista apenas como um reflexo do aumento nos custos de produção, mas também como uma consequência de uma nova regulamentação do governo federal. A partir de 4 de março, todos os ovos deverão ter carimbada na casca a data de validade e o número de registro do produtor. Embora a medida tenha sido criada para aumentar a rastreabilidade e a segurança alimentar, especialistas alertam que ela pode elevar os custos para os pequenos e médios produtores, que terão que investir em novos equipamentos e processos para cumprir as novas exigências.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não perdeu a oportunidade de criticar tanto a alta nos preços dos ovos quanto a nova regulamentação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista exclusiva ao Pleno.News, concedida na última sexta-feira (21), Bolsonaro usou o aumento dos preços para atacar o atual governo. "O povo vai chegar à condição de nem ovo poder comprar mais. Não tem picanha, não tem cervejinha, não tem café, o açúcar tá explodindo também… e agora vêm os ovos do Lula. Não tem cabimento", disse o ex-presidente, ironizando o aumento nos preços e o impacto da inflação no cotidiano dos brasileiros. Sua fala reflete o descontentamento de muitos com o aumento de preços de itens básicos, um problema que tem sido um dos maiores desafios econômicos enfrentados pelo governo atual.
Esse aumento no preço dos ovos faz parte de um cenário mais amplo de inflação alimentar que tem atingido diversos produtos essenciais. Especialistas apontam que os custos elevados de produção, o aumento no preço dos insumos agrícolas e a instabilidade do mercado são fatores determinantes para esse reajuste significativo nos preços. Além disso, a nova regulamentação do governo, que entra em vigor em março, pode agravar ainda mais a situação, especialmente para os pequenos produtores que terão dificuldades para se adaptar às novas exigências. A expectativa é de que os preços continuem a subir, pelo menos no curto prazo, caso as condições de mercado e os custos de produção não melhorem.
Nas redes sociais, muitos consumidores têm expressado sua indignação com o aumento nos preços dos ovos. Algumas pessoas afirmam que já começaram a reduzir o consumo do produto, enquanto outras estão buscando alternativas mais acessíveis, como carnes de segunda linha ou até mesmo proteínas vegetais. O descontentamento tem sido palpável, e a reação dos consumidores reflete o impacto da inflação no orçamento das famílias brasileiras, que estão cada vez mais tendo que adaptar seus hábitos de consumo para enfrentar o aumento do custo de vida.
O cenário atual reforça a necessidade de os consumidores ficarem atentos às variações de preços e buscar formas de economizar no dia a dia. A busca por alternativas mais baratas, como carnes de segunda e fontes alternativas de proteína, já é uma realidade para muitos. Especialistas sugerem que, com o impacto da inflação alimentícia, será necessário um planejamento mais cuidadoso nas compras de itens essenciais.
Enquanto isso, as perspectivas para os próximos meses não são muito otimistas. O mercado de ovos, por exemplo, deve continuar enfrentando desafios, especialmente com a implementação da nova regulamentação, que pode resultar em custos ainda mais elevados. A esperança dos consumidores é de que os preços se estabilizem e que o impacto da inflação alimentar seja controlado com o tempo. Contudo, no curto prazo, a tendência parece ser de continuidade no aumento dos preços, o que torna essencial que os brasileiros se adaptem a esse novo cenário econômico e busquem alternativas que ajudem a mitigar os efeitos do reajuste nos preços dos alimentos.