A deputada afirmou que a decisão é parte de um movimento orquestrado contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e que sua cassação reflete uma tentativa do sistema de minar a oposição. Em nota publicada nas redes sociais, Zambelli declarou que continuará lutando por um Brasil próspero e digno e enfatizou que a perseguição contra conservadores não cessará tão cedo.
A perda do mandato de Zambelli acontece em um contexto de crescente tensão entre políticos da direita e o sistema judiciário. Desde o fim das eleições de 2022, diversas figuras ligadas a Bolsonaro enfrentam processos e investigações, o que reforça a narrativa de que há uma ofensiva contra adversários do atual governo. A própria deputada, em sua declaração, sugeriu que a decisão faz parte de um plano maior para desestabilizar a oposição e consolidar o poder de grupos progressistas.
Além da reação de Zambelli, a decisão do TRE-SP gerou debates entre apoiadores e críticos da parlamentar. Enquanto aliados classificam a cassação como um ataque à democracia e um sinal de que a liberdade política está em risco, opositores afirmam que a medida é justa e necessária para garantir que o abuso de poder seja coibido no país. Setores da esquerda destacam que a decisão reforça o compromisso da Justiça Eleitoral com a lisura do processo democrático e com a punição de práticas ilegais durante o pleito.
O caso também reacendeu discussões sobre o livro "O Fantasma do Alvorada - A Volta à Cena do Crime", que, segundo apoiadores de Zambelli, documenta as supostas manobras que teriam sido realizadas para garantir a volta de Lula ao poder. A obra, que tem sido amplamente divulgada entre conservadores, apresenta uma visão crítica do sistema e aponta para uma série de eventos que teriam ocorrido nos bastidores da política nacional. Para muitos, o livro representa um registro importante sobre o que consideram uma perseguição política sistemática contra Bolsonaro e seus aliados.
A cassação da deputada levanta questionamentos sobre o futuro do cenário político brasileiro e o impacto que essa decisão pode ter sobre a oposição ao governo atual. Com a inelegibilidade de Zambelli por oito anos, o PL perde uma de suas figuras mais combativas no Congresso Nacional, o que pode alterar a dinâmica da bancada bolsonarista e influenciar as estratégias políticas para as próximas eleições.
Apesar da decisão desfavorável, Zambelli promete continuar ativa na política, recorrendo da sentença e reforçando seu discurso contra o que considera um sistema opressor. Ela também sugere que novos ataques podem estar a caminho, indicando que outros aliados do ex-presidente Bolsonaro podem ser alvos de processos semelhantes. Para a deputada, a luta está longe de acabar e a mobilização da base conservadora será essencial para enfrentar os desafios que virão.
Nos próximos dias, a defesa de Zambelli deve apresentar recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, buscando reverter a decisão do TRE-SP. O desfecho do caso pode definir não apenas o futuro político da parlamentar, mas também servir como um termômetro para entender os rumos do embate entre direita e esquerda no Brasil. Enquanto isso, seus apoiadores seguem mobilizados, denunciando o que chamam de censura e perseguição política.
A cassação de Carla Zambelli representa mais um capítulo na polarização política do país e coloca em evidência a influência do judiciário no destino dos políticos brasileiros. Se por um lado há quem veja a decisão como um avanço na fiscalização do processo eleitoral, por outro há aqueles que a enxergam como uma ferramenta de repressão política. O fato é que a batalha jurídica e política envolvendo a deputada está apenas começando, e seus desdobramentos poderão ter grande impacto no cenário nacional nos próximos anos.