O presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, expressou sua preocupação com os efeitos negativos dessa greve. Segundo ele, os atrasos não afetam apenas empresas de logística, mas também comprometem a competitividade do Brasil no mercado global. Produtos essenciais, como kits laboratoriais e peças industriais, estão sendo impactados pela retenção das remessas, o que prejudica ainda mais as cadeias produtivas e coloca em risco as pequenas e médias empresas (PMEs).
O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (SINDASP) alertou que, em greves anteriores, o Brasil já enfrentou perdas econômicas de aproximadamente R$ 3 bilhões em um período de apenas seis meses. Especialistas temem que a atual paralisação tenha um impacto ainda mais severo, dada a magnitudade das remessas afetadas e a duração da greve. O setor empresarial já se mostra extremamente preocupado, uma vez que a demora nas liberações pode significar uma crise para empresas que dependem da importação e exportação para a continuidade de suas operações.
A greve foi deflagrada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), que reivindica reajustes salariais para a categoria. O movimento tem gerado uma crescente insatisfação de diversas entidades empresariais e parlamentares. A FPLM, por exemplo, tem pressionado o governo federal para encontrar uma solução rápida para resolver o impasse. O diretor-executivo do Instituto Livre Mercado (ILM), Rodrigo Marinho, afirmou que a economia brasileira não pode continuar refém de uma paralisação que está causando danos significativos a vários setores produtivos. Ele também destacou o risco de o país perder credibilidade internacional, o que pode prejudicar as relações comerciais com outros países.
A situação continua a se complicar, com uma crise em potencial no comércio exterior e na logística nacional. A paralisação tem afetado as atividades no Porto de Santos, um dos maiores do país, e em outros pontos de entrada e saída de mercadorias, complicando ainda mais o fluxo de bens essenciais para o mercado interno. Em um momento de retomada econômica, as perdas já acumuladas pela greve são uma preocupação crescente para o governo e para os empresários.
Entidades empresariais que representam o setor de comércio exterior e a indústria já pedem ações urgentes por parte do Ministério da Fazenda e do Ministério da Gestão e da Inovação. A FPLM sugere que o governo federal libere as operações aduaneiras, para evitar um colapso completo do sistema de importação e exportação, e proponha soluções para que os efeitos da greve não se tornem ainda mais prejudiciais ao país.
Para o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, é fundamental que o governo tome uma atitude imediata para que os danos econômicos não se ampliem ainda mais. Ele lembrou que as pequenas e médias empresas são as que mais sofrem com a falta de competitividade, uma vez que muitas dependem de importações para atender à demanda do mercado interno. “Se o governo não agir rápido, o impacto será irreversível para a economia do Brasil”, alertou.
Diante da pressão crescente, a expectativa é de que o governo federal tome medidas para resolver o impasse o mais rapidamente possível. No entanto, até o momento, não há sinais claros de uma solução próxima para a greve, que continua a afetar profundamente o comércio exterior e a logística nacional. A continuidade da paralisação sem uma resposta eficaz por parte do governo poderá agravar ainda mais a situação, prejudicando a recuperação econômica do país e prejudicando a imagem do Brasil no cenário internacional.