A resposta de Bolsonaro, postada em seu perfil no X, foi direta e repleta de acusações contra Lula. Ele iniciou sua mensagem criticando o atual presidente, chamando-o de “cachaça” e relembrando episódios da trajetória política do petista. Para Bolsonaro, as alegações de Lula sobre um plano de assassinato não passavam de mentiras que, segundo ele, apenas “imbecis” ou “canalhas” poderiam acreditar. O ex-presidente também relembrou a tentativa de assassinato contra ele, ocorrida em 2018, quando um militante do PSOL foi preso por tentativa de ataque. Bolsonaro destacou que a única vítima real de uma tentativa de homicídio foi ele, desafiando as palavras de Lula.
Em seu comentário, Lula havia declarado, durante uma viagem à Ásia, que as falas de Bolsonaro sobre perseguições e bravatas eram tentativas de desviar a atenção de questões mais graves. Segundo o presidente, as ações de Bolsonaro visavam contribuir para um golpe no país, alegando que o ex-presidente teria buscado envolver-se diretamente em atos de violência, incluindo planos para a morte dele mesmo, de seu vice-presidente e até do ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro não se fez de rogado e rebatou as palavras de Lula em sua publicação. Ao mencionar o chamado “golpe”, que Lula citou como tentativa de Bolsonaro de desestabilizar o governo, o ex-presidente fez questão de ressaltar que a narrativa em torno desse tema já era amplamente conhecida por seus opositores, incluindo o ex-presidente Michel Temer. Bolsonaro criticou ainda o governo de Lula, acusando-o de manter uma pauta centrada em desinformação e manipulação, além de não apresentar resultados concretos para a população.
Ele também alfinetou o governo petista ao afirmar que os números da atual gestão não eram positivos, principalmente quando comparados ao período do governo Dilma Rousseff, sem os fatores que afetaram a economia global, como a pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia. Segundo Bolsonaro, o governo Lula não poderia mais usar essas crises como justificativas para uma gestão ineficaz.
Em sua resposta, Bolsonaro também criticou as políticas fiscais do governo atual, destacando o aumento de impostos como um reflexo das falhas da administração. Ele sugeriu que a única medida concreta da atual gestão de Lula eram as mentiras divulgadas por meio da mídia e as viagens internacionais de altos custos feitas pelo próprio presidente.
Bolsonaro finalizou sua resposta com um tom provocativo, sugerindo que Lula deveria “arrumar o que fazer” ao invés de continuar falando sobre ele. Para o ex-presidente, a única pauta do atual mandatário parece ser ele, e Bolsonaro, embora não julgasse o “fetiche” de Lula por seu nome, acreditava que as pessoas próximas a ele não gostavam dessa rotina de ataques e acusações diárias.
Esse novo capítulo da disputa entre Bolsonaro e Lula acontece em um contexto de tensões políticas que continuam a marcar a política brasileira. Ambos os líderes possuem grandes apoiadores, mas também enfrentam uma polarização crescente que tem gerado intensos debates na mídia e nas redes sociais. O país segue dividido, com os dois ex-presidentes se posicionando como protagonistas de narrativas opostas sobre os rumos do Brasil.