Lula ressaltou que essas figuras importantes do PT foram vítimas de uma série de acusações infundadas e de uma campanha de desinformação, que visavam destruir suas carreiras e, por extensão, enfraquecer o próprio partido. Em seu discurso, o presidente foi enfático ao afirmar que a operação judicial que atingiu os três ex-dirigentes tinha como objetivo não apenas castigá-los, mas também manchar a imagem do PT e de toda a sua trajetória política. Para ele, as condenações eram parte de um plano mais amplo para desestabilizar a política brasileira e desacreditar os avanços promovidos pelo PT durante seus mandatos no governo federal.
Lula fez questão de lembrar sua própria experiência com a prisão, que, segundo ele, é um exemplo claro das arbitrariedades que ele acredita marcaram o processo judicial contra seus aliados. Entre 2018 e 2019, o presidente ficou preso por 580 dias, período durante o qual foi alvo de uma grande controvérsia judicial, que dividiu a opinião pública e gerou manifestações tanto de apoio quanto de críticas. Durante o evento, Lula afirmou que a prisão de Dirceu, Delúbio e Vaccari teve um impacto profundo não apenas em suas vidas pessoais, mas também no fortalecimento das narrativas que visavam deslegitimar o PT como um todo.
O presidente falou sobre as dificuldades que enfrentou e, ao comparar sua situação com a de seus antigos companheiros de partido, argumentou que essas perseguições políticas eram uma tentativa clara de destruir a confiança popular no PT. Para Lula, essas acusações não tinham fundamento e, sim, um caráter político, destinado a fragilizar o partido e suas lideranças. O ex-presidente sublinhou que o PT sempre foi um partido de luta e que, mesmo diante das adversidades, continuaria a defender a justiça social e os direitos dos trabalhadores, elementos centrais em sua ideologia.
Além disso, Lula não perdeu a oportunidade de reforçar sua convicção de que é necessário resistir a esse tipo de ataque. Ele fez um apelo aos militantes e à população em geral para que não se deixassem levar por campanhas de difamação e para que mantivessem a esperança na luta por um Brasil mais justo e igualitário. O presidente defendeu que é justamente nos momentos de crise e dificuldade que o PT deve se unir e continuar trabalhando em prol das causas populares, como a educação, a saúde e a redução das desigualdades sociais. Para ele, as perseguições políticas visavam não apenas enfraquecer o partido, mas também desviar a atenção das questões fundamentais que impactam a vida do povo brasileiro.
Lula afirmou que, apesar dos obstáculos enfrentados, o PT segue sendo uma força política importante e que as últimas décadas de história do Brasil não seriam as mesmas sem as conquistas e os avanços promovidos por seu partido. A defesa dos ex-dirigentes foi, para ele, um ato simbólico de resistência e um reforço da unidade interna do PT. A comemoração dos 45 anos do partido, portanto, se transformou em um momento de reafirmação das bandeiras do PT, como a luta por um Brasil mais justo, inclusivo e solidário.
Ao longo de seu discurso, o presidente fez questão de reforçar a ideia de que, apesar das adversidades, o PT sempre foi um partido de luta e que, mesmo diante das perseguições, as vitórias alcançadas pela legenda no passado não devem ser esquecidas. Ele concluiu ressaltando que o futuro do partido está no fortalecimento de suas bases, no trabalho em conjunto com as comunidades e no compromisso com a justiça social, temas que sempre nortearam a trajetória do PT ao longo dos anos.
O evento marcou não apenas a celebração dos 45 anos de fundação do PT, mas também o fortalecimento da narrativa do partido em relação às acusações que marcaram sua trajetória recente. O presidente Lula, com seu discurso, buscou consolidar a imagem do PT como um partido comprometido com a verdade, a justiça e a defesa dos direitos do povo brasileiro, e reforçou seu compromisso com os ideais que orientaram sua atuação política ao longo de sua carreira.